Crédito: Reprodução/TV Globo
Um incêndio de grandes proporções atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira, localizado na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, no fim da tarde desta quinta-feira (29). Estima-se que o acervo armazenado no galpão seja de mais ou menos 2.000 filmes, mas ainda não se sabe o tamanho das perdas causadas pelo fogo.
Um incidente do tipo era considerado uma “tragédia anunciada” por funcionários da instituição e profissionais do setor do audiovisual. Ao todo, foram necessários quinze caminhões do Corpo de Bombeiros e mais de 50 homens, que levaram mais de duas horas para conter as chamas, que destruíram uma boa parcela do prédio.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incidente começou durante uma operação de manutenção do sistema de ar-condicionado do local. Segundo a corporação, pelo menos duas salas com películas de filmes, que são feitas de acetato, um material extremamente inflamável, e uma terceira com documentos em papel foram completamente destruídas.
O galpão da Cinemateca Brasileira atingido pelo incêndio não foi a sede da instituição, localizada na Vila Clementino, na Zona Sul da capital paulista. Porém, o local atingido também tinha sua importância para o cinema nacional, já que guardava cópias de mais de 2.000 filmes, muitos deles raros e restaurados, apresentando condições de conservação melhores que os originais.
Infelizmente, esse não é o primeiro incidente do tipo que atinge uma instalação da Cinemateca Brasileira, outras unidades da instituição já foram atingidas por quatro incêndios e uma inundação. Agora, há o temor por parte de profissionais do audiovisual que o prédio da Vila Clementino também seja atingido por um incêndio, o que causaria uma perda inestimável.
A sede da Cinemateca em São Paulo tem as cópias originais de muitos filmes e outros materiais audiovisuais que contam a história não só do cinema, mas de muitas áreas da história do Brasil. Desde 2019, quando a cultura perdeu status de ministério da administração federal, funcionários da instituição têm denunciado o que chamam de “descaso e abandono” por parte do governo Bolsonaro.
Em julho de 2020, um Ministério Público de São Paulo (MPSP) ajuizou uma ação questionando a retenção de recursos e a ausência de um gestor responsável pela instituição. No mês seguinte, 41 funcionários foram demitidos e a instituição parou de funcionar por um período.
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Em abril deste ano, os trabalhadores da Cinemateca emitiram um comunicado alertando para um elevado risco de incêndio em decorrência de falta de cuidado com o acervo, equipamentos, base de dados e instalações físicas da instituição.
Com informações da UOL
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Esta post foi modificado pela última vez em 30 de julho de 2021 18:26