Nesta segunda-feira (9), celebra-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas em diversos países, incluindo o Brasil. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1995, no intuito de garantir direitos humanos aos povos originários. Este é, portanto, um dia de luta para as comunidades e também de grande trabalho para os influenciadores indígenas, que encontraram no TikTok uma ferramenta de levantar o debate sobre suas necessidades. Por meio da valorização da cultura, esses criadores de conteúdo buscam conscientizar a população não-indígena.
Segundo o UOL, o Brasil registrou, nos últimos anos, um aumento exorbitante (cerca de 150%) nos casos de violência cometidas contra povos indígenas, entre elas: homicídio, racismo, discriminação étnico-cultural, invasão e exploração de territórios.
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Diante de um cenário de intimidação e negação de direitos, diversos influenciadores têm usado seus perfis no TikTok para levar as pessoas – principalmente as gerações mais jovens, que utilizam muito a plataforma – a refletirem sobre a urgência em combater o preconceito contra os povos indígenas. Além disso, esses criadores de conteúdo usam a rede social para enaltecer a riqueza material e imaterial da comunidade na qual fazem parte como forma de reafirmar a ancestralidade.
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Créditos: FG Trade/Istock
Em lembrança ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, separamos cinco perfis de influenciadores no TikTok para ampliar seu leque de informação e te ajudar a compreender melhor a importância da valorização da cultura indígena.
Kaê Guajajara
Kaê, do povo Guajajara do Maranhão, possui 66,4 milhões de seguidores no TikTok e é reconhecida por diferentes trabalhos, principalmente pela atuação no Coletivo Azuruhu, criado por artistas indígenas para dar suporte aos seus pares na música, literatura e audiovisual. Além de atriz, cantora, ativista e influenciadora, Kaê também é autora do livro “Descomplicando com Kaê Guajajara: o que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirracista”.
Mari Guajajara
Assim como Kaê, Mari é do povo Guajajara. Ela possui 21 e possui uma loja de artesanato junto com sua família. Nela, os Tentehar Guajajara comercializam inúmeros produtos feitos a mão. Além de divulgar seus produtos, Mari produz conteúdos que quebram estereótipos indígenas para seus 11,5 milhões de seguidores no TikTok.
Jügoa
Maira Gomez, mais conhecida como Cunhaporanga ou Jügoa, faz parte da comunidade Tatuyo, do Amazonas. A jovem de 21 anos, artista em pinturas com Urucum/Jenipapo, decidiu compartilhar no TikTok como é o dia a dia em sua comunidade e se transformou em um sucesso entre os cerca de 6 mil de seguidores.
Katú Mirim
Katú possui ancestralidade negra, por parte de mãe, e Boe Bororo, povo indígena que vive no estado do Mato Grosso, por parte de pai. Ela, contudo, nasceu no interior de São Paulo e foi adotada por um casal não-indígena quando ainda era bem pequena. Hoje, além de influenciadora, Katú Mirim é rapper, atriz, compositora e ativista pelas causas indígenas e LGBTQIA+. Através das letras que canta, ela retrata a história da colonização pela ótica indígena e destaca suas vivências, identidade, gênero e orientação sexual. O resgate da ancestralidade é um dos conteúdos que ela compartilha no TikTok com seus 5,583 seguidores.
Noah Alef
Noah Alef tem origem Pataxó, comunidade indígena do sul da Bahia. Apesar de jovem (21 anos), Noah já possui uma carreira profissional brilhante. Ele se lançou como pintor, mas resolveu, recentemente, dedicar-se à carreira de modelo pela Way Model, mesma agência das famosas Sasha Meneghel e Alessandra Ambrósio. O indígena usa a profissão de modelo como forma de buscar mais representatividade para seu povo. No TikTok ele compartilha seu cotidiano e levanta questões importantes, como o preconceito, para seus mais de 1,3 mil seguidores.
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