Um grupo de pesquisadores chineses conseguiram desenvolver o vidro mais forte do mundo, que é virtualmente inquebrável e capaz até mesmo de arranhar cristais de diamante com relativa facilidade. O novo material, que tem sido chamado provisoriamente de AM-III tem boas propriedades mecânicas e está sendo criado para uso em células solares, devido sua alta resistência e desgaste lento.

A análise do material, que foi publicada na revista National Science Review, demonstrou que o vidro chinês chegava a nada menos do que 113 gigapascais em um teste de dureza. Para efeito de comparação, pedras de diamante pontuam, em média, 50 a 70 gigapascais nesse mesmo teste de dureza. As medições mostraram que o AM-III é mais forte que os diamantes e outros tipos de vidros.

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AM-III deve ser utilizado em células para painéis de geração de energia solar. Imagem: Diyana Dimitrova/Shutterstock

Estrutura molecular

Enquanto nas pedras de diamantes, a estrutura interna dos átomos e moléculas é o que torna o material duro e resistente, no AM-III, os pesquisadores descobriram uma combinação de ordem e desordem se suas moléculas, o que dá origem a suas propriedades especialmente fortes e resistentes.

Para chegar ao AM-III, os pesquisadores usaram fulerenos, que são materiais feitos de arranjos de átomos de carbono ovais, eles produziram diferentes tipos de vidros, incluindo o AM-III, que tinha a ordem mais alta de átomos e moléculas. Para conseguir isso, os fulerenos foram triturados e expostos a imensa pressão e um calor de 1.200°C por cerca de 12 horas.

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Material semicondutor

Segundo os pesquisadores, o novo vidro também tem propriedades de absorção de energia que são comparáveis aos semicondutores usados atualmente em células solares, como o silício. Seria possível tornar o material ainda mais duro ao aumentar a ordem dos átomos e moléculas, mas isso poderia acabar com a semicondutividade do material.

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Na conclusão do estudo, os pesquisadores disseram que o surgimento do AM-III pode ser apenas o início de uma nova classe de materiais amorfos, semicondutores, extremamente duros e também fortes. Essa nova classe pode proporcionar excelentes candidatos para as aplicações práticas mais exigentes de diferentes setores da indústria.

Com informações do The Independent

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