Ainda falta mais de um século para a passagem mais próxima da Terra do asteroide Bennu: ele passará a uma distância equivalente à metade do caminho entre o nosso planeta e a Lua no ano de 2135. A probabilidade de um impacto, no entanto, é muito pequena, segundo afirmam cientistas da Nasa.

Asteroide Bennu tem sido investigado pela Osiris-REx
Asteroide Bennu tem sido investigado pela Osiris-REx. Ilustração: Droneandy/Shutterstock

OSIRIS-REx, uma espaçonave da agência espacial norte-americana, passou dois anos perto do asteroide, que tem cerca de 500 metros de largura, observando seu tamanho, forma, massa e composição e monitorando sua trajetória orbital ao redor do sol.

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A nave começou sua viagem de volta à Terra no dia 10 de maio deste ano, e a previsão de pouso é no dia 24 de setembro de 2023. OSIRIS-REx está trazendo na “bagagem” rochas e poeira coletadas do asteroide Bennu, com seu braço robótico. Essas amostras, segundo a Nasa, ajudarão os pesquisadores a determinar a trajetória futura do asteroide.

“Os dados da OSIRIS-REx nos fornecem informações muito mais precisas, podemos testar os limites de nossos modelos e calcular a trajetória futura de Bennu com um alto grau de certeza até 2135”, disse Davide Farnocchia, cientista do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.

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De acordo com o site Phys, Farnocchia afirma que a Nasa nunca conseguiu modelar a trajetória de um asteroide com tanta precisão antes.

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Os cientistas querem descobrir como a gravidade da Terra e um fenômeno conhecido como efeito Yarkovsky afetarão a rota futura de Bennu, bem como o potencial de impacto em uma órbita subsequente.

Nasa afirma que impacto com a Terra abriria uma cratera de até 20 vezes o tamanho do asteroide

Segundo Farnocchia, o risco de Bennu colidir com a Terra “é menor do que o da população não descoberta de objetos de tamanho semelhante”. A probabilidade total de impacto de Bennu entre agora e o ano 2300, de acordo com os cientistas, é de cerca de um em 1.750, ou 0,057%.

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De qualquer forma, a análise de sua trajetória é importante para estudar maneiras de redirecionar sua órbita, caso seja necessário fazê-lo. “Ainda estamos procurando o que não sabemos por aí”, disse Lindley Johnson, do Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa.

Johnson afirma que um asteroide impactando a Terra causaria uma cratera de cerca de 10 a 20 vezes o tamanho do objeto e geraria uma área de devastação cerca de 100 vezes o tamanho da cratera. Mas, tranquiliza: “Realmente, não achamos que precisamos fazer nada sobre Bennu”.

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