Como a FidelityFX Super Resolution da AMD fez ‘Arcadegeddon’ de PS5 ficar belíssimo?

Arthur Henrique20/08/2021 15h17, atualizada em 20/08/2021 16h18
FidelityFX Super Resolution
Imagem: Illfonic/Reprodução
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Destaque do State of Play de julho e, logo em seguida, disponível em Early Access (Acesso Antecipado) na PS Store para PlayStation 5 (PS5) – com previsão de lançamento somente para 2022, ‘Arcadegeddon‘ conta com um diferencial gráfico que é capaz de deixar o jogo visualmente belíssimo: o suporte à tecnologia FidelityFX Super Resolution (FSR) da AMD (conhecida popularmente como “a resposta ao DLSS da NVIDIA”).

Por mais que não seja novidade, visto que o Xbox anunciou há tempos que o Series X seria também capaz de reproduzir o alto upgrade gráfico, nenhum jogo do PlayStation com esse recurso havia sido implementado até o momento. Todavia, a Sony saiu na frente ao trazer o recurso para o título de tiro multiplayer do mesmo estúdio por trás de ‘Predator: Hunting Grounds’. Vale ressaltar que o FSR também estará disponível na versão de PC do game.

Mas, como o FidelityFX Super Resolution funciona? Bem, a tecnologia facilita a implementação de várias técnicas de imagem, como ambient occlusion, shading variável e até técnicas personalizadas de sharpening para melhorar bastante o desempenho das placas de vídeo da AMD (e da NVIDIA também), visando o melhor da taxa de quadros dos jogos.

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‘Arcadegeddon’: versão de PS5 inclui suporte à tecnologia FidelityFX Super Resolution da AMD. Imagem: Illfonic/Reprodução

“Usando os dados disponíveis no quadro atual, um método eficiente de upscaling é usado junto com o Content Adaptive Sharpening da AMD para fornecer uma imagem superior que muitas vezes pode estar muito próxima da resolução nativa com base nas configurações”, explicou de forma exclusiva ao Olhar Digital Jonathan Ferguson, Technical Director da desenvolvedora de ‘Arcadegeddon’, a IllFonic.

De modo mais simples, a tecnologia utiliza modos de upscale – Balanceado, Performance, Qualidade e Ultra Qualidade -, cada um focado em obter uma qualidade de imagem maior ou aumentar as taxas de frames nos jogos. Mas, claro, mesmo explorando ao máximo o desempenho, o recurso sozinho não fará o impossível para deixar o game “belíssimo” visualmente.

“[O FSR] será mais benéfico quando um game ou sistema estiver totalmente vinculado à GPU. Se um título for limitado pela CPU devido ao hardware em que está sendo executado ou à natureza do jogo em si, o impacto da tecnologia e de outras técnicas de aumento de escala não será tão grande”, afirmou Ferguson.

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FSR melhora – e muito – a qualidade visual do jogo, mas não faz o trabalho sozinha. Imagem: Illfonic/Reprodução

Falando especificamente de ‘Arcadegeddon’, o Technical Director disserta que a tecnologia é rapidamente mais notada no PS5 graças ao poder do console, mas que os players mais exigentes de computador também poderão desfrutar do upgrade gráfico. “No PC, se você é alguém como eu, que adora ter todas as configurações voltadas para a qualidade máxima, você vai gostar de ter mais recursos de renderização e gráficos melhores em geral, enquanto mantém taxas de quadros úteis. Se você é o tipo de pessoa que trabalha com mais de 200 ou 300 quadros por segundo, poderá obter isso mais facilmente com uma variedade de hardware que seria muito difícil de fazer de outra forma”, comenta.

“Agora, no PS5, você notará uma experiência de taxa de quadros muito mais responsiva e consistente, mesmo usando o ray tracing. Também no PS5, estamos usando FSR junto com Temporal Anti-Aliasing Upsample (TAAU), então você pode pensar nisso como uma abordagem híbrida”, garante o desenvolvedor, que ainda destaca que o uso combinado das duas tecnologias permitiu o aumento visível da qualidade das imagens e da performance no novo console da Sony.

Questionado sobre semelhanças com ray tracing, um dos chamarizes do PS5 desde quando foi anunciado, Ferguson detalhou as diferenças, porém admitiu que as tecnologias podem ser confundidas uma com a outra. “FSR é uma abordagem de upscaling que nos permite renderizar em uma resolução mais baixa, independente da resolução da tela, o que normalmente nos permite adicionar mais recursos de renderização (como ray tracing) e/ou ter taxas de quadros mais altas ou outros recursos”, aponta.

FidelityFX Super Resolution
Qual a diferença entre ray tracing e FSR? Imagem: Illfonic/Reprodução

“Acho que a razão pela qual algumas pessoas confundem incorretamente FSR e ray tracing é que, com a largura de banda economizada pelo uso de jogos FSR, muitas vezes é possível habilitar o ray tracing. Se estivéssemos estritamente vinculados a todas as saídas renderizadas das engines sempre nativas para a resolução da tela, a grande maioria dos jogos hoje teria pior aparência ou pioraria”, afirma.

Sobre o futuro da tecnologia, o desenvolvedor acredita que os aspectos mais importantes do recurso são as iterações. “[Arcadegeddon] é a primeira iteração principal do FSR. Portanto, mais tempo e iterações devem produzir algumas mudanças e evoluções interessantes [para a indústria de games]”, conclui. Agora, temos que esperar para que mais e mais jogos implementem o FSP para, assim, ver mais títulos com extrema fluidez e sem perda de qualidade visual.

Lembrando que, atualmente, ‘Arcadegeddon‘ está com acesso antecipado disponível para PlayStation 5 (PS5) e PC (Via Epic Games) por R$ 104,90, enquanto o jogo completo será lançado somente em 2022. Em review feita pelo Olhar Digital, avaliamos que o jogo “tem potencial, mas não vale a pena, por ora”Confira a sinopse divulgada no site oficial do título:

Arcadegeddon é um jogo multijogador cooperativo que oferece uma mistura de experiências PVE e PVP que permite diferentes velocidades de jogo. Conforme você continua a jogar, você pode enfrentar desafios adicionais das “gangues” locais que frequentam o Gilly’s Arcade. Isso lhe renderá muito mais do que crédito de rua. Falando em credibilidade nas ruas, ganhe seu lugar nas tabelas de classificação.”

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Arthur Henrique é redator(a) no Olhar Digital