Coronavírus: Anvisa solicita à Janssen atualização sobre doses de reforço

Por Tissiane Vicentin, editado por André Lucena 21/08/2021 20h07, atualizada em 31/10/2022 14h38
Anvisa recebe pedido da Janssen para uso emergencial da vacina
Imagem de destaque: Pcruciatti (Shutterstock)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou à Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, atualizações sobre a possível necessidade de doses de reforço ou revacinação da vacina contra o coronavírus.

A fabricante está realizando há algum tempo estudos em laboratório para entender se serão necessárias medidas para além da dose exigida para o imunizante desenvolvido pela empresa – atualmente a único que conta com uma aplicação única.

Vacina da Janssen
Anvisa solicita atualizações sobre estudo conduzido pela Janssen, com intuito de saber detalhes sobre possível aplicação de outra dose do imunizante. Imagem: StanislavSukhin/Shutterstock

A intenção da Anvisa, segundo informações da Agência Brasil, é saber se há dados científicos ou regulatórios que possam subsidiar a questão.

A Anvisa também solicitou à Janssen o agendamento de reunião com técnicos da agência com intuito de discutir dados disponíveis e estudos em andamento, bem como cronogramas e resultados interinos sobre o imunizante.

Desde março, a vacina da Janssen tem autorização para uso emergencial no Brasil. Na última quinta-feira (19), a Anvisa realizou uma reunião com a Pfizer para uma solicitação semelhante.

Inclusive, a vacina feita em parceria com a BioNTech contra a Covid-19 precisará de uma terceira dose após nove meses – algo recentemente confirmado pelas farmacêuticas responsáveis pelo imunizante.

Leia mais:

Efeitos adversos

A vacina da Janssen é a única contra a Covid-19 que possui aplicação em grande escala e exige apenas uma dose para promover a imunização – o que faz com que seu uso seja altamente requisitado.

No entanto, na última semana, a bula do produto sofreu alterações em alguns países do mundo, incluindo o Brasil, por conta da descoberta de novos efeitos adversos raros.

Primeiro é importante destacar que todas as agências regulatórias, incluindo a Anvisa, consideram o imunizante seguro e sua aplicação segue normalmente. A única mudança são os efeitos colaterais que a vacinação pelo imunizante podem provocar em quem a toma – algo que está descrito na bula do produto.

Um dos possíveis efeitos listados é a possibilidade de desenvolver uma síndrome de extravasamento capilar. Também conhecida como “doença de Clarkson”, essa é uma condição médica extremamente rara, que pode resultar, entre outros sintomas, em pressão baixa e edema (acumulo de líquidos em uma determinada região do corpo, que resulta em inchaço) parcial ou generalizado.

Se desejar saber mais afundo esses efeitos, veja nosso especial sobre o assunto, clicando aqui.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Redator(a)

Tissiane Vicentin é redator(a) no Olhar Digital

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.