Medida de segurança: Clubhouse remove informações pessoais de perfis afegãos

Tissiane Vicentin21/08/2021 19h30
App Clubhouse aberto em smartphone
Brenda Rocha - Blossom/Shutterstock
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Em meio à tomada de poder pelo Talibã no Afeganistão, o Clubhouse decidiu remover as informações pessoais de contas de usuários no país, como medida de segurança e privacidade. A plataforma também redefiniu milhares de biografias e fotos de usuários afegãos, ação que tem como intuito dificultar a descoberta das contas em buscas feitas pela internet.

A rede social se uniu a outras plataformas do ramo que também estão realizando iniciativas como forma de proteger os usuários no Afeganistão.

Nesta semana, por exemplo, o Facebook também iniciou medidas do tipo para usuários no Afeganistão, incluindo permitir a ocultação de “listas de amigos”, além de adicionar uma ferramenta para bloquear contas rapidamente.

De acordo com um porta-voz do Clubhouse, as ações não afetam quem segue esses perfis, e tampouco a iniciativa é irreversível – ou seja, se o usuário em questão quiser, ele pode reverter a mudança.

Além disso, o Clubhouse também permite aos usuários que utilizam pseudônimos, se assim desejarem, para fins de direitos humanos ou segurança.

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O talibã é um movimento fundamentalista e nacionalista islâmico que tomou poder entre os anos de 1996 e 2001.

O grupo, que é considerado como uma organização terrorista em muitos países, ficou conhecido mundialmente por seu tratamento extremamente conservador e brutal contra cidadãos – em especial quando se trata de mulheres.

Apesar de, agora, terem retomado o poder com discuros que supostamente propõem uma ligeira abertura no modus operandi do movimento, muitos afegãos ainda temem o que o grupo extremista.

Radicais do Talibã em frente a um Super Tucano
Foto mostra membros do grupo radical Talibã. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Nos últimos dias, por exemplo, muitos cidadãos do país começaram a apagar registros em massa feitos nas redes sociais, exatamente por medo de uma possível perseguição.

Muitos afegãos acreditam que o grupo extremista pode utilizar dessas informações obtidas via internet como argumento para punir e perseguir àqueles que descumpram com o regulamento fundamentalista religioso que eles impõem.

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Redator(a)

Tissiane Vicentin é redator(a) no Olhar Digital