Museu nos EUA vai exibir “a maior” rocha de Marte em exposição

Rocha do Museu de Gemas e Minerais do Maine pesa cerca de 15 kg e tem 25 cm de tamanho, chegando aqui após o choque de um asteroide
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 27/08/2021 18h28, atualizada em 30/08/2021 10h00
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Fobos é a maior das duas luas de Marte. Imagem: NASA/JPL/University of Arizona
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Um museu nos Estados Unidos vai exibir o que chama de “a maior rocha de Marte na Terra” em uma exposição próxima. Segundo a instituição, a pedra em questão tem 25 centímetros (cm) de tamanho, pesa cerca de 15 quilogramas (kg) e chegou aqui como um destroço de um asteroide que se chocou contra a superfície do planeta vermelho. Fotos do objeto não foram divulgadas. 

Segundo especialistas, há ao todo 227 kg de rocha de Marte na Terra (confirmados, pelo menos). A peça na posse do Museu de Gemas e Minerais do Maine é chamada de “Taoudenni 002” em homenagem à cidade onde ela foi encontrada, em Mali, em 2021. Ela foi comprada pelo museu pouco tempo depois e será exibida a partir de 1º de setembro.

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Segundo a descrição da Taoudenni 002 do Meteor Bulletin: “essa massa unitária, rochosa de contornos lisos traz uma face parabólica, truncada por uma superfície perpendicular. Não há fusão de crosta nesta forma. Uma ‘pátina’ desértica cobre a superfície primária, o que determinamos ser feita de grãos de piroxena, olivina e masquelinita. Uma marcação natural clara marca quais porções da rocha estavam soterradas ou acima do chão”.

De acordo com o museu, a fim de manter-se em dia com os protocolos de segurança contra a Covid-19, uma recepção “com capacidades limitadas” será realizada em 31 de agosto, a fim de celebrar a aquisição da rocha. Dois cientistas da Nasa devem comparecer.

“Rocha” e “Marte” são duas palavras que a Nasa ouviu bastante nas duas últimas semanas, aliás: lá no planeta vermelho, o rover Perseverance sinalizou a coleta da primeira amostra do solo marciano. A agência celebrou antes da hora, porém, já que o tubo de ensaio se mostrou vazio. Após investigação remota, a agência determinou que a pedra escavada (apelidada “Roubion”) se esfarelou durante a perfuração, devido à sua suposta fragilidade.

A partir daí, a Nasa divulgou um novo plano de coleta de amostras do rover: coletar todas as rochas que encontrar pelo caminho.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital