Durante as últimas semanas, moradores de diversos bairros de São Paulo relataram casos de fuligem em suas casas. O fenômeno não é novo, mas se intensifica com o clima seco e as queimadas florestais. Recentemente, um incêndio de grandes proporções ocorreu no Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, na região metropolitana da capital criou a nuvem de cinzas.

Mas além da sujeira e da poluição, a fuligem pode causar um estrago no corpo humano. O Olhar Digital conversou com o Dr. André Nathan Costa, médico Pneumologista do Hospital Sírio Libanês, para entender como isso acontecer.

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Segundo o especialista, a fumaça invade o pulmão e contamina o revestimento, gerando uma inflamação. O tubo inflamado fica com a parede mais grossa atrapalhando a respiração. “O ponto disso é que essa fumaça esse resquício é muito pro inflamatória, causa uma inflamação nas vias nasais com muita facilidade”, disse.

A situação é ainda mais crítica com pessoas que já possuem doenças pulmonares, como bronquite e asma. Nesses casos, esse grupo já possui o sistema respiratório fragilizado e os sintomas são potencializados com a fuligem, causando ainda mais danos para o corpo humano. Outra preocupação é com idosos e crianças, que também são mais suscetíveis a problemas respiratórios.

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fuligem
Imagem: Ylvers (Pixabay)

Síntomas da fuligem no corpo humano

No entanto, mesmo quem não tem doença prévia, pode sofrer com a fuligem. “Os sintomas podem aparecer em quem não tem doença prévia, é claro que geralmente mais leve, mas pode aparecer, principalmente dor de garganta, tosse seca e nariz entupido”, explica. Isso tudo, depende ainda do tempo de exposição da pessoa ao local atingido.

Agora, em quem já possui doenças respiratórias o caso é mais crítico e a exposição a fuligem pode causar falta de ar. “Geralmente quem já tem alguma pré-existente tem mais chances de sofrer com isso, podendo ter falta e ar em casos severos”, completa o médico.

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O que fazer em caso de exposição a fuligem?

Sobre o que fazer em caso de exposição a fuligem, o especialista diz que o ideal é tentar se afastar a aérea exposta, manter o corpo hidratado e fazer limpeza com soro fisiológico nas vias nasais.

Os procedimentos são parecidos com os feitos para evitar sintomas da falta de umidade do ar. Esse, inclusive, é um dos fatores que ajuda na propagação de queimadas. A umidade relativa do ar chegou a menos de 25% em São Paulo na última segunda-feira (23), o que ajudou nas queimadas.

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