La bitcoinera: Honduras ganha primeiro caixa eletrônico de criptomoedas

Flavia Correia27/08/2021 21h32
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Imagem: Petr Hoffmann - Shutterstock
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Depois de El Salvador se tornar o primeiro país a estabelecer o bitcoin como moeda legal, chegou a vez de Honduras inovar no mercado de criptoativos. O país inaugurou nesta semana o primeiro caixa eletrônico de criptomoedas.

Honduras estreia primeiro caixa eletrônico de criptomoedas (imagem meramente ilustrativa). Imagem: aleks333 – Shutterstock

Segundo a agência Reuters, a máquina foi batizada de “la bitcoinera” e permite que usuários comprem bitcoin e ethereum usando lempira, a moeda local. O caixa eletrônico foi instalado em um prédio executivo na capital Tegucigalpa e é administrado pela empresa nacional TGU Consulting.

Juan Mayen, executivo-chefe da TGU, foi responsável por liderar a operação, visando educar as pessoas sobre ativos virtuais. Até então, não havia outra maneira automatizada de comprar criptomoedas, segundo Mayen. “Você tinha que fazer peer-to-peer, procurar alguém que estivesse disposto, encontrar com ele pessoalmente e carregar uma quantidade X de dinheiro, o que é muito inconveniente e perigoso dado o ambiente em Honduras”.

Agora, para fazer uma compra, o usuário deve se dirigir ao dispositivo, escanear a identificação oficial e inserir os dados pessoais.

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Criptomoedas são bastante utilizadas em Honduras

Nesta sexta-feira (27), um ethereum estava valendo US$3.237 (o equivalente a R$16.848,58, na cotação atual), e um bitcoin era negociado a US$48.140 (R$25.0568,70).

Segundo Mayen, muitos desenvolvedores de software em Honduras já são pagos em criptomoedas. O executivo acrescentou que essa seria uma opção mais barata para enviar remessas. 

Em 2020, por exemplo, cidadãos de Honduras que vivem no exterior – principalmente nos EUA – enviaram em torno de US$5,7 bilhões, o que corresponde a 20% do produto interno bruto de Honduras (PIB) em remessas ao país.

Se houver bastante adesão, Mayen disse poderão ser instaladas outras unidades.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.