O Supremo Tribunal da China ordenou que a Chuangshiji Technology Limited, empresa de data center localizada em Fuzhou, na província chinesa de Fuquiém, devolva o total de 485.681 placas gráficas à Genesis Mining, uma das maiores mineradoras de bitcoins do mundo.

A decisão ocorreu após um processo iniciado em 2019 pela Genesis, que obteve a vitória legal.

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Segundo informações do jornal The Block, o caso foi o primeiro sobre equipamento de mineração julgado pelo Supremo Tribunal Popular da China.

O conflito entre as duas empresas começou em 2018, quando a Chuangshiji suspendeu pagamentos à Genesis, sob alegação de que a mineradora não estava pagando as contas de energia.

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A mineradora, por sua vez, entrou com o processo contra a Chuangshiji, alegando que a empresa estava descumprindo com o serviço prestado, além de encerrar o contrato. Com o contrato encerrado, a Chuangshiji se recusou a devolver os equipamentos.

Com a decisão da Corte chinesa, a empresa de armazenamento em nuvem terá de devolver todas as placas de vídeos, modelo AMD Radeon RX 470 de 8GB de capacidade, de fabricação da Micro-Star International (MSI).

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Computação em nuvem
Tribunal da China ordena devolução de placas gráficas a empresa de mineração; entenda o caso. Imagem: Shutterstock

“Após vários anos de luta, estamos satisfeitos em ver o lado do tribunal a nosso favor”, disse Marco Streng, CEO e cofundador da Genesis Mining, em entrevista ao The Block

O tribunal acrescentou que a decisão está alinhada à estratégia geral da China de desencorajar as atividades de mineração por conta do uso intensivo de energia que ela demanda.

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“A operação do data center de Fuzhou e a hospedagem e manutenção dos equipamentos envolvidos neste caso é essencialmente uma atividade de uso de computadores de alta eficiência para ganhar prêmios em moedas virtuais. É uma indústria intensiva em energia e desestimulada pelo Estado. Portanto, a decisão da Suprema Corte de Jiangxi a favor da rescisão do relacionamento comercial está em linha com a estratégia ajustada do Estado em relação à indústria envolvida neste caso”, explicou a Suprema Corte.

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Mineração de criptomoedas e uso de energia

Recentemente, o CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou durante uma conferência de criptomoedas que a montadora “provavelmente” voltará a aceitar pagamentos com bitcoins.

A empresa, que integrou a opção de pagamento em março deste ano, retirou o modo dois meses depois, segundo Musk, devido ao impacto ambiental e por querer analisar com “um pouco mais de diligência” as tendências de energia renovável.

A mineração de criptomoeda é gerada, em sua grande maioria, pelos chineses. No entanto, o processo não é muito favorável ao clima, já que consome muita energia. Contudo, um novo estudo conduzido pela Universidade de Cambridge revela uma mudança positiva no último semestre desencadeada pelo fim de grande parte das operações de mineração na China. Saiba mais sobre a pesquisa clicando aqui.

Crédito da imagem principal: Shutterstock

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