O governo federal anunciou que a conta de luz ficou 50% mais cara a partir desta quarta-feira (1), a bandeira vermelha patamar 2, que era a mais alta existente, ganhou um novo estágio, a bandeira tarifária “Escassez Hídrica”. Com isso, a taxa extra nas contas de luz subirá dos atuais R$ 9,49 a cada 100 quilowwats-hora (kWh), para R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.

Com o novo reajuste, é esperado um aumento de 6,78% na tarifa média de energia, a nova bandeira tarifária ficará em vigor até abril de 2022, que é depois do fim do período de chuvas. O objetivo da medida é cobrir os custos da geração de energia por meio de termelétricas movidas a carvão, que foram acionadas para substituir as hidrelétricas, que estão com os reservatórios vazios.

Apesar da situação bastante preocupante, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que todos os cenários mostram que há oferta para atender a demanda de energia do país. De acordo com o ministro, as medidas serão suficientes para diminuir o risco de apagões, porém, Albuquerque não cravou que o risco de desabastecimento é inexistente.

Programa de descontos

Lâmpadas com luz baixa
Governo concederá descontos na conta de luz para quem reduzir o consumo entre 10% e 20%. Crédito: CC0 Domínio Público

Como forma de incentivar a diminuição no consumo de energia, o governo criou um programa de bônus em que será possível conseguir um desconto na conta de luz. Para isso, será necessária uma redução de 10% a 20% no consumo de energia, se a economia for maior, não haverá benefício adicional. A expectativa do governo é de uma redução média de 15% por família e 1,41% no consumo total.

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O cálculo para o bônus terá como base a média do consumo entre setembro e dezembro, e não o que for consumido mensalmente. Além disso, caso a meta de redução de consumo seja alcançada, o desconto na conta de luz só será aplicado em janeiro de 2022. De acordo com o governo, não se trata de um racionamento de energia, já que a adesão ao programa é voluntária.

Cálculo do desconto

Para o cálculo do percentual de economia, a comparação deve ser feita com base na média mensal de consumo dos meses de setembro, outubro e novembro de 2020. Na simulação do governo sobre o funcionamento do programa, se uma família consumiu 120 kWh em setembro de 2020, 130 kWh em outubro, 110 kWh em novembro e 140 kWh em dezembro de 2020, o consumo médio será de 125 kWh.

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Com isso, caso o consumo dessa mesma família seja 105 kWh em setembro, 110 kWh em outubro, 100 kWh em novembro e 110 kWh em dezembro de 2021, o consumo médio será de 116,25 kWh. Ou seja, a redução terá sido de 15% durante a vigência do programa em comparação com a média no mesmo período do ano passado, o que geraria um desconto de R$ 37,50 em janeiro de 2022.

Via: IG

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