‘Disformia do Zoom’: videoconferências afetam a autoestima

Por Matheus Barros, editado por André Lucena 02/09/2021 23h33
Exemplo de videoconferência
Andrey_Popov/Shutterstock
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A pandemia de Covid-19 obrigou grande parte da sociedade mundial a se manter dentro de casa em isolamento, com isso, o recurso mais adotado para manter as relações pessoais e profissionais foi a videoconferência.

No entanto, o frequente uso das chamadas de vídeo tem apresentado consequências nenhum pouco agradáveis, como, por exemplo, a ‘fadiga do Zoom’, que acontece quando as pessoas utilizam o recurso durante muito tempo ou por muitas vezes.

Mulher chorando em frente ao espelho
‘Disformia do Zoom’: videoconferências afetam a autoestima. Imagem: https://photographee.eu//Shutterstock

Além deste problema, uma dermatologista e professora da Escola de Medicina de Harvard, Shadi Kourosh, afirmou que as solicitações de consulta aumentaram muito durante a pandemia. De acordo com a médica, a principal procura era por questões de aparência e por este motivo, o novo problema foi chamado de “disformia do Zoom”.

“Fiquei preocupada com o fato de o tempo gasto nessas câmeras estar afetando negativamente a percepção das pessoas sobre sua aparência”, disse Kourosh. A dermatologista aponta que a imagem refletida nas videoconferências não é verdadeira e que sofre impacto pelo ângulo, iluminação, distância da câmera e até mesmo a qualidade do equipamento.

“Com uma câmera frontal, descobrimos que a distorção da imagem é pior quanto mais perto estamos e tendemos a tirar selfies e sentar em nossos laptops de perto”, disse a dermatologista.

De acordo com o jornal The Guardian, em março de 2021 os cirurgiões plásticos britânicos relataram um aumento de 70% nas consultas. O fator também é apontado por Kourosh, que disse que seus pacientes começaram a sugerir mais intervenções cirúrgicas por vaidade.

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A médica disse que muitos chegavam ao consultório pedindo mudanças no nariz, para suavizar rugas na testa e até correção de flacidez na parte inferior do rosto e pescoço, coisas que ficam em destaque quando passamos muito tempo olhando para nossa própria imagem.

“Além de se olharem para chamadas de videoconferência, as pessoas viviam isoladas, gastando seu tempo livre olhando imagens altamente distorcidas de outras pessoas nas redes sociais. Eu acredito que é um problema de saúde mental”, concluiu.

Crédito da imagem de destaque: Andrey_Popov/Shutterstock

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Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.