Uma combinação de sais que, misturada com fluxos de calor de rocha derretida, pode ter contribuído para a formação de biomoléculas autorreplicantes, que seriam as primeiras formas de vida na Terra primitiva – primeiro bilhão de anos do nosso planeta.

Uma pesquisa publicada na Nature Chemistry aborda a hipótese do ‘mundo do RNA’, na qual os ácidos ribonucléicos (RNA) podem armazenar informações biológicas e realizar a dobra da estrutura necessária para que a vida cresça e evolua para o estado em que se encontra hoje.

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“Os ácidos nucléicos catalíticos, como as ribozimas, são fundamentais para uma variedade de cenários de origem da vida”, explicam os cientistas no artigo. Eles analisaram a mistura de magnésio (Mg) e sódio (Na) como poderia ter sido na Terra em seus primeiros anos.

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Para o dobramento de RNA funcionar é necessário uma concentração relativamente alta de íons de magnésio duplamente carregados e uma concentração mais baixa de sódio com carga simples.

“Consequentemente, surge a questão de quais ambientes na Terra primitiva podem ter fornecido condições salinas adequadas para tais processos prebióticos. Um processo geologicamente provável que produz ambientes salinos é a lixiviação de sais de basalto”, detalharam os pesquisadores.

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“Como derretimento parcial primário do manto da Terra, o basalto é um dos tipos de rocha mais abundantes esperados na crosta inicial da Terra, bem como na crosta de outros planetas terrestres em nosso Sistema Solar”, completaram.

Cenários de origem da vida

O estudo mostra, portanto, as possibilidades em termos de misturas de sais que podem ter ajudado a estimular a vida na Terra. Seria assim em outros planetas?

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“O princípio demonstrado aqui é aplicável a uma ampla gama de concentrações e composições de sais e, como tal, altamente relevante para vários cenários de origem da vida”, relatou a pesquisa.

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