Navio elétrico da Heineken usa contêineres com bateria para distribuir cerveja sem emissões

Com tecnologia inovadora, navio elétrico de contêineres carregará cerveja pelas vias fluviais da Holanda sem produzir emissões de gases estufa
Fábio Marton07/09/2021 15h58, atualizada em 07/09/2021 16h29
Alphenaar, o navio elétrico da Heineken
Alphenaar, o navio elétrico da Heineken (Imagem: ZES/Divulgação)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O nome da embarcação é Alphenaar e usa uma inovadora tecnologia com contêineres com baterias de íon de lítio para entregar sua carga sem emissões de carbono. O primeiro cliente do navio elétrico será a Heineken, que planeja ser uma empresa neutra em carbono até 2030.

https://www.youtube.com/watch?v=EN2BbBXu3nc&t=2s

O Alphenaar usa contêineres de tamanho padrão de 6 metros com uma bateria no total de 2 MWh, o equivalente a 36 carros. Elas podem – e aqui está a maior inovação – serem trocadas em uma estação portuário, com a mesma facilidade que os contêineres de cerveja.

Ambições para navios elétricos

A fabricante, Zero Emission Services, pretende criar uma frota fluvial com oito navios, oito estações de recarga, e 14 contêineres de bateria. Eventualmente, a empresa pretende ter 30 rotas diferentes com seus veículos.

Neste momento, há um trajeto só, usado pela Heineken, e as baterias serão trocadas no porto fluvial de Alphen aan den Rijn, e há apenas duas delas: uma para ida, outra para volta.

Os Países Baixos tem o maior porto da Europa, em Rotterdam, que é ligado por rios não só ao país inteiro, como à França, Alemanha e Suíça. Para distribuir a produção nacional, por um intrincado sistema de rios, canais e estuários que cobre o país inteiro, conta com a maior frota fluvial do planeta.

Com isso, a ZES calcula que 5% das emissões de carbono do país são por navios fluviais. A frota completa da ZES, por seus cálculos, devem economizar 360 mil toneladas de CO2 na atmosfera por ano. No mundo todo, navios representam cerca 3% das emissões de gases-estufa. Mas, como é um setor que cresce e como ainda é totalmente sujo, usando combustível fóssil da pior qualidade, esse número pode chegar a 10% até 2050.

Leia mais:

Já assistiu aos nossos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Redator(a)

Fábio Marton é redator(a) no Olhar Digital