O diretor James Wan explicou como o novo filme dele, ‘Maligno‘, é na verdade a versão de terror da animação ‘Frozen‘.

O longa de 2013 da Disney foi um grande sucesso no lançamento e provou ser um favorito duradouro – talvez pela eternidade, com as irmãs Anna e Elsa rapidamente tornando-se algumas das personagens mais populares do estúdio. A produção de Wan, por sua vez, foi lançada nos cinemas e deve chegar ao HBO Max em algum momento de outubro.

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A premissa de ‘Maligno’ foca em uma jovem chamada Madison (Annabelle Wallis) que, após uma invasão domiciliar que mata o marido abusivo da personagem e a leva a um aborto espontâneo, começa a ter visões de uma figura misteriosa cometendo assassinatos. Quando ela descobre que as mortes estão realmente acontecendo, a protagonista é forçada a revisitar o passado de antes de ser adotada, e reavivar memórias sobre um amigo supostamente imaginário, chamado Gabriel. O que se segue, de acordo com a crítica feita pelo Olhar Digital, é uma trama absolutamente insana que “explora novas formas de nos aterrorizar”.

Annabelle como Madison em 'Maligno'. Imagem: Warner Bros Pictures/Divulgação
Annabelle como Madison em ‘Maligno’. Imagem: Warner Bros Pictures/Divulgação

[CUIDADO: SPOILERS A SEGUIR] À primeira vista, pode parecer estranho colocar ‘Maligno’ e ‘Frozen’ na mesma linha de raciocínio, mas isso é exatamente o que Wan fez em entrevista ao site Comic Book. Discutindo abertamente o final da reviravolta do filme, o diretor diz que estava interessado em explorar a ligação entre irmãos adotivos através de Madison e a irmã, Sydney (Maddie Hasson), mas a corroteirista da produção, Ingrid Bisu, queria contar uma história de amor.

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O resultado final, diz ele, é muito parecido com Frozen: “Aqui você tem uma história sobre Madison com sua própria parente de sangue, sua própria irmã de sangue, que era Gabriel – que acabou por ser uma pessoa horrível. Mas, ainda assim, sua irmã adotiva, que não é parente de sangue de forma alguma, é na verdade aquela com quem ela tem mais conexão. Esse é o mais amoroso [dos sentimentos]. Senti que essa era uma história tão legal de ver dessa perspectiva”.

Wan ainda dissertou sobre como os laços fraternos vistos no filme da Disney também podem ser vistos em ‘Maligno’. “Para Ingrid [Bisu], ela adora a ideia de contar uma história de amor, mas não é uma história romântica entre as duas protagonistas. É uma história de amor entre as duas irmãs. E eu amo isso. Eu não vi isso em um filme de terror, pelo menos neste grau. E é engraçado que, de brincadeira, nos referimos a isso como a versão de terror de ‘Frozen’. É como Anna e [Elsa]: é amor de irmã, é vínculo de irmã. E um dos muitos temas que o longa trata é a ideia de que você pode estar próximo de pessoas com as quais você não necessariamente tem uma relação de sangue? É o que queremos dizer no filme, que é possível”, afirmou o diretor.

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O cineasta continua dizendo que Madison gasta o tempo em ‘Maligno’ querendo a conexão de sangue que ela pensava que estava faltando, e acaba descobrindo isso em Gabriel, cuja relação com ela é literalmente parasitária e tóxica. No final das contas, a protagonista percebe que já tinha o vínculo que procurava em Sydney, e que ela a escolheu em vez do “amigo imaginário” há muito tempo. “Sentimos que isso era algo importante para o filme”, diz.

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A ênfase nos relacionamentos entre irmãos é clara no filme, e o amor fraternal entre Madison e Sydney prova ser crucial para como ‘Maligno’ resolve o terceiro ato. A ênfase de Wan em laços adotivos também mostra a ressonância de ter a mãe biológica de Madison lá para testemunhar “o momento Elsa-e-Anna” entre elas, mas mantendo-a como uma observadora distante. De fato, existem de fato alguns paralelos entre o longa de terror e ‘Frozen’.

Fontes: Screenrant e Comicbook.com

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