PIX: Procon-SP sugere limitar o valor das movimentações

Por Gabriel Sérvio, editado por André Lucena 16/09/2021 15h14, atualizada em 16/09/2021 15h50
Logotipo Pix na tela do smartphone com o logotipo do Banco Central do Brasil exibido ao fundo. Pix Brasil é um sistema de pagamento instantâneo
Imagem: Brenda Rocha - Blossom / Shutterstock
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Em reunião com o Banco Central nesta quarta-feira (15), o Procon-SP solicitou duas mudanças no PIX, serviço de pagamentos instantâneos. Uma delas, é que o valor das transações seja limitado, por segurança, em R$ 500 por mês.

A proposta, segundo o órgão de proteção ao consumidor, também visa definir com a ajuda do BC um valor máximo utilizado pela maioria dos usuários do PIX para chegar a um limite sugerido, esse valor, quando definido, será utilizado até que a segurança da plataforma seja reforçada.

Vale lembrar que em agosto o Banco Central (BC) estabeleceu o limite de até R$ 1 mil para transferências noturnas, realizadas entre 20h e 6h.

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O diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez, destaca que a segurança do consumidor deve ser garantida ao usar o PIX como meio de pagamento. Capez reforça que, conforme o Código do Consumidor, também é dever dos bancos arcar com os prejuízos ocasionados por golpes que se aproveitam do serviço.

A proposta, inclusive, chega em um momento em que a ocorrência de crimes relacionados ao PIX está em alta. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), por exemplo, registrou vários sequestros-relâmpago via PIX, em que os criminosos usam o serviço para roubar as contas das vítimas.

De janeiro a agosto de 2021, o Procon-SP também aponta que foram registradas 2.500 reclamações envolvendo o PIX. Os problemas envolvem desde reembolso, saque não reconhecido, produto ou serviço não contratado até venda enganosa.

Outra mudança é a possibilidade de fazer estornos no caso de transações para novas contas bancárias: “Durante pelo menos 30 dias, que seja permitido o estorno e bloqueio da movimentação até que se confirme que se trate de um cliente idôneo e não de um laranja”, disse Capez.

Imagem mostra a tela de um smartphone exibindo o logotipo do sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central, o PIX; ao fundo aparecem várias notas de cem reais.
De acordo com levantamento da consultoria global Elife, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no Twitter, Instagram e Facebook. Imagem: rafapress/Shutterstock

Por ora, o Banco Central ainda não confirmou se pretende ou não adotar as sugestões do Procon-SP.

Créditos da imagem principal: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.