A pandemia do novo coronavírus fez a Índia adiar a data de lançamento de Gaganyaan, a primeira missão espacial tripulada do país. Agora, de acordo com governo, o voo deverá ocorrer no fim de 2022 ou no início de 2023.

O lançamento estava programado para ocorrer antes, de forma que fosse possível acompanhar a espaçonave durante o 75º aniversário da Independência da Índia. Porém, Jitendra Singh, ministro do Espaço do país, disse que isso não irá ocorrer mais por conta do atraso inevitável provocado pelo avanço da Covid-19.

O ministro também anunciou que a Agência Espacial Australiana fornecerá os serviços de rastreamento para Gaganyaan, uma vez que ela está aprimorando as instalações terrestres de rastreamento.

Para isso, a Austrália usará sua estação terrestre nas Ilhas Cocos (Keeling). Ela será imprescindível para monitorar a missão, já que a própria Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO na sigla em inglês) muitas vezes não consegue rastrear seus próprios satélites devido a pontos cegos.

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Países parceiros na Oceania

A Austrália tem sido parceira da Índia desde 1987, apoiando a calibração de dados e o alcance de laser nos satélites indianos, lançando satélites australianos e conduzindo pesquisas juntas. Para Singh, ambos os países podem aprofundar essa parceria oferecendo treinamentos e compartilhando as melhores práticas.

O ministro vê ainda uma oportunidade para se juntar com outros países da Oceania, como a Nova Zelândia. Ele vê espaço para que os países se unam para desenvolver soluções tecnológicas para a área.

Tudo isso faz parte da ambição da Índia em se tornar o centro de lançamento de pequenos satélites. É uma aposta inteligente, já que a indústria espacial é uma das mais lucrativas em todo o mundo. Além disso, a demanda por satélites nano, micro e mini e os equipamentos para lançá-los só deve aumentar. Por isso, a expectativa é de que esse nicho valha US$ 38 bilhões até 2027.

Fonte: Times of India

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