A última segunda-feira (20) marcou o dia de encerramento das atividades do mais icônico arcade da SEGA no Japão, o Ikebukuro Gigo. O estabelecimento clássico de fliperamas e outras máquinas eletrônicas, que operava no mesmo local há 28 anos, foi fechado oficialmente cerca de um ano depois de outro empreendimento semelhante da desenvolvedora, o Akihabara Building 2.

O anúncio de encerramento dos trabalhos do arcade foi realizado há um mês. Então, na data citada pela empresa, fãs se reuniram na entrada do local para visitá-lo por uma última vez – o que gerou grande aglomeração em uma das principais ruas do bairro de Toshima, em Tóquio.

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Um misto de jogadores e entusiastas emocionados celebraram o legado do local gritando que “deveria ser tombado como um marco histórico”. Um outro grupo de pessoas trouxe uma placa que dizia (em japonês): “Obrigado por 28 anos”. Já os funcionários usaram camisetas no último dia de expediente com a mesma mensagem de agradecimento, enquanto diversos alto-falantes na rua tocavam a música ‘Hotaru no Hikari’, da banda Ikimono-gakari.

A canção, que em português significa “A Luz do Vaga-lume” (tradução literal), é comumente tocada em estabelecimentos japoneses pouco antes de fechar. Vale ressaltar que a música também extremamente conhecida por ter sido a 5ª música de abertura do anime ‘Naruto Shippuden’. Confira a despedida dos fãs no vídeo abaixo:

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Após a contagem regressiva para o fechamento final do arcade, o gerente do estabelecimento subiu no topo de uma escada para fazer um discurso, contando a história do Ikebukuro Gigo. Com incríveis nove andares, o icônico fliperama foi considerado, desde 1993, um local obrigatório para turistas entusiastas de jogos e japoneses em geral. Em 2013, a SEGA investiu no histórico patrimônio gamer e modificou a estrutura para inserir o logo da marca na fachada.

Entretanto, o fechamento da unidade em especial foi por motivos que a fabricante “não poderia controlar” – nada relacionado a eventuais problemas financeiros, reestruturação dos negócios ou consequências da pandemia de Covid-19, por exemplo. De acordo com o próprio gerente do arcade, a situação foi gerada pelo fim do acordo de concessão do prédio, que passará por renovações.

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“Se estivesse em meu poder, gostaria de ficar aberto para sempre neste local e saudar os rostos felizes de nossos maravilhosos clientes”, disse o empresário do local que serviu de lançamento de diversos títulos, além de abrigar fliperamas e outros equipamentos que agradavam turistas e moradores locais. “Infelizmente, neste momento, o que aconteceu foi que arcade precisou fechar”.

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Vale lembrar que a SEGA, uma das forças mais dominantes na indústria de games, vendeu 85% da divisão de arcades além do fechamento da unidade de Akihabara, de acordo com dados de novembro de 2020.

Fontes: Kotaku e Famitsu

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