Chacko Sonny, produtor executivo da franquia de jogos ‘Overwatch‘, anunciou que deixará a Activision Blizzard Entertainment, tornando-o o mais recente nome sênior de alto perfil a deixar a empresa em meio ao processo de assédio sexual e discriminação contra funcionários.
O site Bloomberg informou que Sonny deixará a empresa na próxima sexta-feira, 24 de setembro, em meio ao estágio final do aguardado ‘Overwatch 2’. Em uma mensagem à equipe de desenvolvedores, ele afirmou que os “cinco anos no estúdio foram um privilégio absoluto e uma das melhores experiências” da carreira dele. A nota não faz referência ao processo de assédio em andamento atualmente sob investigação.
Sonny estava supervisionando o desenvolvimento do jogo de perto e era considerado um dos nomes mais importantes da sequência do aclamado game de 2016, que também perdeu o diretor, Jeff Kaplan, cerca de cinco meses atrás. Vários funcionários anônimos da Blizzard relataram à Bloomberg que o produtor executivo era “muito respeitado” e que, até onde sabem, nenhuma acusação foi feita contra ele.
Apesar das saídas, no entanto, a Activision Blizzard insiste que ‘Overwatch 2’ está fazendo “excelente progresso” e “está nos estágios finais de produção”. Espera-se que o estúdio divulgue mais informações sobre o jogo durante o campeonato ‘Overwatch League Grand Finals’ no próximo fim de semana – embora ainda não haja informações acerca da data de lançamento.
Os novos colíderes da Blizzard, Jen Oneal e Mike Ybarra, chamaram Sonny de “um líder atencioso” e declararam na mensagem oficial que eram “gratos pelos anos de serviço prestados”. De acordo com resposta ao site Polygon, Sonny revelou que pretende “tirar uma folga após 5 anos de trabalho” na empresa.
Vale ressaltar que Sonny é o último de uma linha de funcionários que deixou a empresa desde que a investigação pela Justiça da Califórnia foi anunciada publicamente. O presidente da Blizzard, J. Allen Brack, já saiu da empresa, e o executivo de RH, Jesse Meschuk (que estava na empresa há 12 anos), também saiu em agosto.
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A empresa foi acusada de, entre outras coisas, violar a igualdade de remuneração e as leis de direitos civis, discriminar e assediar às mulheres, além de destruir documentos exigidos pela Departamento de Trabalho e Moradia Justa da Califórnia (DFEH, na sigla em inglês) para a investigação.
A Activision Blizzard também enfrenta uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (EUA), outra da Comissão de Oportunidades de Emprego e Igualdade, acusações de atividade sindical ilegal por parte do Communications Workers of America e mais uma ação coletiva em nome dos investidores por não divulgar os problemas em relação à cultura de trabalho.
Fontes: VG247, Polygon, gamesindustry.biz e Bloomberg
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