Cientistas usam inteligência artificial para monitorar casos de hanseníase no Tocantins

Lucas Soares01/10/2021 14h23
hanseníase
Imagem: Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
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Pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins estão desenvolvendo um sistema que analisa de dados para controlar casos de hanseníase no estado. Basicamente, o programa monitora diagnósticos cadastrados nos hospitais da região e ajuda a entender o desenvolvimento da doença, tornando possível a tomada de políticas públicas para evitar um aumento de contaminados.

A base de dados usada para o monitoramento dos casos é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Esse local armazena informações sobre pacientes que tiveram a doença e fazem tratamento. A inteligência artificial é capaz então de localizar padrões entre os casos e analisar estatísticas para ajudar na investigação de fatores que levam a um aumento de infectados.

Controle de casos de hanseníase

“Isso tem permitido revelar detalhada da situação atual no estado e possibilitado o entendimento dos registros contidos através de uma análise estratégica dos aspectos geográficos, temporais, culturais, políticos e administrativos da doença. O objetivo é levantar tendências e padrões para subsidiar o processo de tomada de decisões para que os gestores definam políticas e diretrizes para auxiliar o sistema de saúde municipal e estadual”, disse Ary Henrique Morais de Oliveira, coordenador do projeto ao portal Surgiu.

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Os resultados da pesquisa devem permitir um programa que possa ser utilizado por instituições que trabalham com o monitoramento de doenças infecciosas. Além de uma série de dados sobre o desenvolvimento de casos de hanseníase que podem ser aplicados em outras localidades para prever o desenvolvimento da doença.

Todos os métodos usados vão estar ainda disponíveis em uma série de artigos científicos que podem ajudar na criação de outros tipos de análise de dados com inteligência artificial.

“Trata-se de uma importante ferramenta desenvolvida no campo da Epidemiologia Computacional que estará disponível diretamente para os técnicos da Secretaria de Saúde e indiretamente para a população, que receberá os resultados da ação por meio de um planejamento estratégico mais eficaz, efetivo e eficiente”, completou o especialista.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.