Implante cerebral promete detectar e curar a depressão profunda

Por Matheus Barros, editado por Lyncon Pradella 05/10/2021 13h45
Imagem mostra uma mulher deprimida, deitada sobre a cama com um rosto triste
Imagem: Rawpixel.com/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, nos Estados Unidos, descobriram um novo método para o tratamento e detecção da depressão profunda: um implante cerebral eletrônico.

O dispositivo do tamanho de uma caixa de fósforo emite impulsos elétricos quando detecta que o cérebro precisa de estímulos. O novo tratamento está em fase experimental e uma única paciente que recebeu a ferramenta diz que sua vida mudou.

Imagem de um cérebro sendo tocado por uma mão humana. Projeto brasileiro de mapeamento cerebral será financiado pela Chan Zuckerberg Initiative, do cofundador do Facebook
Implante cerebral promete detectar e curar a depressão profunda. Imagem: PopTika/Shutterstock

Sarah, de 36 anos, convive com a depressão há anos e já fez tratamentos com remédios antidepressivos e terapia eletroconvulsiva, mas todos métodos falharam. “Tinha esgotado todas as opções de tratamento possíveis”, relatou.

Katherine Scangos, psiquiatra da Universidade da Califórnia, relatou que foram instalados detectores na área dos “circuitos da depressão” no cérebro da paciente. Bem como, um estimulador em uma área chamada corpo estriado ventral, onde foi possível eliminar de maneira consistente os sentimentos da doença.

Scangos ressalta que é necessário observar os circuitos em outros pacientes e voluntários para entender se “o biomarcador de um indivíduo ou o circuito do cérebro muda com o tempo, à medida que o tratamento continua”.

Leia também!

“Para ser claro, esta não é uma demonstração da eficácia desse tratamento. É realmente apenas a primeira demonstração de que isso funciona em alguém e temos muito trabalho pela frente para validar esses resultados. Precisamos saber se realmente é algo que será duradouro”, disse o neurocirurgião responsável por instalar o dispositivo em Sarah.

“O dispositivo manteve minha depressão sob controle, permitindo que voltasse ao meu melhor estado e reconstruísse uma vida que valesse a pena ser vivida”, relatou a paciente voluntária que está fazendo uso da ferramenta há um ano.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.