Facebook diz que vai impedir classificados sobre a venda de terras da Amazônia

Por Lucas Soares, editado por Lyncon Pradella 08/10/2021 14h49, atualizada em 08/10/2021 15h55
Imagem mostra uma região da floresta amazônica, iluminada pelo pôr do sol, com as árvores e neblina na parte de baixo
(Imagem: streetflash/Shutterstock)
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O Facebook anunciou nesta sexta-feira (8) que vai passar a fiscalizar com mais rigor propagandas que falam sobre a venda de terras que pertencem à Amazônia. A declaração vem após uma série de denúncias que mostraram usuários usando a plataforma para esse tipo de comércio ilegal.

No começo do ano, um documentário da BBC revelou as negociações sobre a Amazônia que estavam ocorrendo no Facebook. A ferramenta Marketplace estava sendo usada para a venda de territórios em áreas de conservação como zonas indígenas e a Floresta Nacional do Aripuanã.

O Facebook agora disse que vai usar informações da ONU sobre áreas onde a venda de terra é proibida na Amazônia para tentar impedir que anúncios desse tipo apareçam na plataforma, assim como nas outras redes do grupo: WhatsApp e Instagram.

Amazônia anunciada no Facebook

As novas regras são especificamente sobre a Amazônia e os países nas quais ela está presente e não englobam outras áreas de conservação e biomas do mundo.

“A partir de agora, analisaremos as listagens no Facebook Marketplace com base em um banco de dados oficial de áreas protegidas de uma organização internacional para identificar quais podem violar essa nova política”, disse o Facebook.

O documentário Amazônia à venda: o mercado ilegal de terras protegidas no Facebook saiu em fevereiro e mostra que uma área equivalente a quase 1.600 campos de futebol estava à venda na plataforma.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.