Nos últimos meses, muito se tem falado sobre esse sistema financeiro aberto, que permite o compartilhamento de dados entre instituições financeiras: o Open Banking. No entanto, outros nomes estão surgindo dentro deste mesmo pacote “Open”, como é o caso do Open Insurance, Open Finance e até Open Investments.
Mas, afinal, o que é esse ecossistema Open?
Open é uma palavra em inglês que significa ‘aberto’ e foi a nomenclatura escolhida para um ecossistema que teve início no Reino Unido.
Em 2015, o Parlamento Europeu adotou a chamada Diretiva de Serviços de Pagamento (do inglês ‘Payment Services Directive’, ou apenas PSD), que estabelecia diretrizes para um compartilhamento de dados entre bancos em prol de inovação em serviços e pagamentos.
Pouco menos de um ano depois, em 2016, a autoridade reguladora de mercados local (a Competition and Markets Authority) emitiu uma decisão a favor dessa nova diretriz, fazendo com que os bancos locais se adequassem às regras que entraram efetivamente em vigos apenas em 2018.
Por aqui, o mesmo movimento começou a dar as caras apenas em 2019, por iniciativa do Banco Central (BC), que liderou a construção do Open Banking – o primeiro passo para esse ecossistema aberto.
O sistema aberto tem por objetivo trazer inovação ao sistema financeiro brasileiro, promover a concorrência, e melhorar a oferta de produtos e serviços financeiros.
É importante ressaltar que o método segue os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2020. Nesse sentido, o consumidor tem a liberdade de escolher se deseja ou não compartilhar seus dados com as instituições participantes do sistema.
Em resumo: os dados pessoais dos clientes são compartilhados apenas se o próprio cliente autorizar o compartilhamento.
E qual a diferença entre Open Banking, Open Insurance e Open Finance?
Para manter o compartilhamento das informações organizadas, o Open Banking acabou se desdobrando em outras facetas, por setores – cada um com sua própria finalidade de atuação.
Por exemplo: o Open Banking prevê o compartilhamento de dados entre instituições financeiras, ou seja, bancos tradicionais e fintechs autorizadas pelo BC.
Já o Open Insurance (do inglês, ‘seguro’) está relacionado ao mercado de seguros e previdência. Ou seja, os dados são compartilhados nesse ecossistema específico de seguros, visando benefícios e ofertas com essa finalidade.
Quem encabeça esse projeto de seguros é a Superintendência de Seguros Privados (Susep). O objetivo, evidentemente, também é modernizar e simplificar o mercado de seguros.
Para entender ainda mais sobre o Insurance, clique aqui.
Tanto o Open Banking como o Open Insurance (e outras nomenclaturas relacionadas que devem ganhar força em breve, como o Open Investments, que abrange o mercado de investimentos) fazem parte de um projeto maior que está sendo implementado no Brasil que recebeu o nome de Open Finance – ou seja, ele é a forma mais ampla de toda essas divisões.
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Implementação Open Banking
O Open Banking começou a implementar no dia 13 de agosto deste ano a segunda fase do projeto, que tem ao todo 4 fases. No caso do Open Insurance, serão três fases, com a primeira marcada para começar em 15 de dezembro de 2021.
O Open Investments deve fazer parte da fase 4 do Open Banking, com previsão para início também em dezembro.
Para entender mais sobre como o cruzamento dos dados funcionam e de que forma isso facilita a vida do consumidor final, clique aqui. Você também pode conferir aqui o cronograma de implementação do Open Banking no Brasil.
Crédito imagem principal: atk work/Shutterstock
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