Thomas Pesquet, astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), registrou um estranho fenômeno luminoso sobre a Europa no início de setembro, divulgando a curiosidade em sua conta oficial no Twitter na última quinta-feira (7).

O efeito é conhecido como “evento luminoso transitório”, e, de forma resumida, ele consiste na ocorrência de relâmpagos na parte alta da atmosfera, a uma altura muito acima da qual eles normalmente ocorrem.

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“Essa é uma ocorrência bastante rara e nós temos uma estrutura próxima ao laboratório Columbus, na Europa, que é dedicada à observação desses flashes de luz”, disse Pesquet, ao compartilhar uma versão mais nítida da imagem no seu perfil no Flickr. “A estação espacial é extremamente capacitada para esse observatório já que ela passou pelo Equador em um momento em que ocorriam tempestades elétricas”.

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Pesquet se refere à capacidade da ISS de observar – e estudar – eventos climáticos que não poderíamos daqui da Terra. Como a estação está localizada a 408 km de distância da superfície do nosso planeta, acompanhando a sua rotação, ela tem uma visão exclusiva de episódios meteorológicos, coletando dados e relatando-os às estações terrestres para análise.

“O que é mais fascinante sobre esse relâmpago é que, em apenas algumas décadas, eles foram observados de forma anedótica [informal, pouco comum] por pilotos, e cientistas demoraram a se convencer de que ele realmente existiam”, continuou Pesquet. “Avançando alguns anos, podemos confirmar que elfos e fadas são muito reais e podem estar influenciando em nosso clima também”, ele finalizou.

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O que Pesquet se referiu como “elfos” e “fadas” são, neste contexto, nomes usados para designar os vários tipos de efeitos de luz atmosférica observados na Terra pela ISS. Além deste (que entra na categoria de “ELVES” – sigla em inglês para “Emissão de Luz e Perturbações de Baixa Frequência por meio de Fontes de Pulsos Eletromagnéticos”), existem também os “TROLLs” (“Alinhamentos Luminosos Ópticos Vermelhos Transientes”) para citar outro exemplo.

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