Conheça a “Arp 91”, dupla de galáxias conectadas fotografada pelo Hubble

Localizada a 100 milhões de anos-luz da Terra, dupla compartilha “braço” em espiral - interações do tipo são comuns em galáxias distantes
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 13/10/2021 11h20, atualizada em 14/10/2021 12h00
arp-91-hubble-capa.webp
(Imagem: Nasa/ESA/Divulgação)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Uma dupla de galáxias conhecida como “Arp 91” foi fotografada pelo telescópio espacial Hubble. Localizada a cerca de 100 milhões de anos-luz da Terra, a dupla é formada pelas galáxias “NGC 5953” (a menor, embaixo) e “NGC 5954” (a maior, acima da anterior). Ambas têm formato em espiral com um centro brilhante.

O formato em espiral, inclusive, é o que dá à Arp 91 seu ponto de conexão: pela imagem do Hubble, reproduzida abaixo, podemos ver que elas compartilham um “braço” – atente-se ao “intervalo” entre as bordas brilhantes de cada uma. Isso se dá pela imensa atração gravitacional de cada uma das galáxias – a grosso modo, parece que a “NGC 5954” está “cutucando” a “NGC 5953”.

Leia também

Imagem mostra a dupla "Arp 91" de galáxias fotografada pelo telescópio Hubble
A dupla “Arp 91”, em imagem fotografada pelo Hubble: encontro de galáxias pode dar origem a uma nova galáxia, segundo astrônomos (Imagem: Nasa/ESA/Divulgação)

Segundo a comunidade astronômica, um “encontro” desse tipo entre duas galáxias tende a formar uma terceira galáxia (classificada como “elíptica”), que nasce a partir da colisão de suas prgenitoras. Vale lembrar, porém, que essa mudança só se completa ao longo de milhões de anos de interação – então é seguro afirmar que, seja lá o que saia dessa interação, só será visível para nós daqui a várias gerações humanas.

O Hubble segue observando pontos interessantes no espaço depois de um susto em março de 2021, quando um erro de computador fez com que seus sistemas entrassem em modo de segurança. As agências espaciais dos EUA (Nasa) e Europa (ESA), que operam o telescópio em conjunto, temeram que o problema fosse permanente e que a “morte” do Hubble estivesse decretada. Felizmente, depois de alguns meses, os operadores conseguiram reiniciar os sistemas e continuar a missão.

E não foi sem tempo: originalmente lançado em 1990, o Hubble está se aproximando do fim de seu trabalho, em vias de ser substituído pelo telescópio espacial James Webb, que a Nasa afirma ser até 100 vezes mais avançado que o atual. O lançamento do James Webb está programado para o fim de dezembro de 2021.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital