Sobrevivente de câncer teve infecção recorde de Covid-19 por quase um ano

Gabriela Bulhões21/10/2021 08h08, atualizada em 21/10/2021 09h22
Cinco pessoas entram na fila para transplante de fígado e outras três morrem após usar o kit Covid
Cinco pessoas entram na fila para transplante de fígado e outras três morrem após usar o kit Covid. Créditos: plo/Shutterstocl
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Uma sobrevivente de câncer se infectou com o vírus da Covid-19 por pelo menos 335 dias, sendo o caso mais longo já documentado da doença até o momento, de acordo um novo estudo. As descobertas foram publicadas como uma no MedRxiv, no início deste mês, porém, ainda não foi revisado.

A paciente em questão é uma mulher de 47 anos que não foi identificada. Ela foi hospitalizada pela primeira vez com Covid-19, em 2020, no campus do National Institutes of Health em Bethesda, localizado no estado Maryland nos Estados Unidosinformou a Science News.

Após dez meses, durante os quais ela demonstrou sintomas leves ou nenhum sintoma de Covid-19, os médicos descobriram que a paciente ainda estava com o teste positivo para o vírus. A jovem ficou imunocomprometida depois de um tratamento de câncer no sangue, que ocorreu três anos antes e a deixou com baixos níveis de células B, que são as que produzem anticorpos.

Créditos: Shutterstock

De acordo com o estudo, ela continuou testando positivo para a Covid-19 e os médicos pensaram que eram falsos positivos que detectavam fragmentos inofensivos do vírus que ficaram depois que a infecção foi eliminada. Só que quando a carga viral dela aumentou novamente em março, os profissionais da saúde sequenciaram o seu genoma. 

Foi descoberto em seu genoma algo muito semelhante ao coronavírus que ela carregava dez meses antes e também diferente de qualquer cepa que circulava na população em geral na época. Com isso, a mulher recebeu tratamento e eliminou a infecção em abril, completando 335 dias após o seu primeiro teste.

A descoberta avança nos estudos sobre a Covid-19 e fornece mais informações sobre a infecção do vírus em pessoas com sistema imunológico enfraquecido. Ainda mais porque pessoas imunocomprometidas possuem menos probabilidade de ter uma resposta forte com duas doses da vacina, ficando mais vulneráveis. 

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Fonte: Science Alert

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Redator(a)

Gabriela Bulhões é redator(a) no Olhar Digital