A Intel, uma das principais fabricantes de processadores do mercado atualmente, irá anunciar nesta quinta-feira (21) os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano. Apesar da crise dos chips, que segue impactando a disponibilidade de componentes eletrônicos, a companhia mostra que pode alcançar um faturamento anual superior à marca de US$ 400 bilhões — mais de R$ 2,2 trilhões na cotação atual.
Em receita, a companhia espera obter US$ 18,2 bilhões de dólares (cerca de R$ 102 bilhões).
Um fator que contribuiu para os ganhos da empresa foi a alta demanda por computadores ao longo da pandemia, especialmente por conta da crescente demanda por trabalho remoto, muitos deles embarcados com tecnologias da Intel. A IDC aponta que foram vendidos 86,7 milhões de PCs só no terceiro trimestre de 2021.
Por fim, a adoção cada vez maior de soluções baseadas em computação em nuvem também beneficiou o caixa da Intel.
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Vale relembrar que a companhia atravessou um período complicado, perdendo clientes importantes como a Apple, que decidiu desenvolver e terceirizar a fabricação de seus próprios processadores. Sem contar com o atraso da Intel na adoção do processo de fabricação de chips em 7 nanômetros.
Neste quesito, além de ter sido ultrapassada pela principal rival, a AMD, a companhia também ficou atrás da Apple, que já oferece chips de 5 nanômetros nos iPhones.
Em março de 2021, buscando mudar esse cenário, a empresa recebeu o novo CEO, Pat Gelsinger, que desde então anunciou diversas mudanças visando recuperar o prestígio da marca Intel no mercado.
De início, o executivo anunciou um investimento de US$ 20 bilhões em duas novas fábricas nos EUA, o que vai permitir que a companhia desenvolva chips para outros parceiros.
Para os próximos meses, o executivo aponta que o foco é aumentar e terceirizar a produção.
Créditos da imagem principal: Sundry Photography/Shutterstock
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