Mais um ex-funcionário do Facebook resolveu denunciar a empresa por colocar o crescimento e os lucros à frente do bem-estar dos usuários. Na nova denúncia, a empresa de Mark Zuckerberg é acusada de não coibir discursos de ódio, desinformação e outras ameaças aos usuários.

As novas denúncias corroboram as acusações feitas por Frances Haugen, que fez uma série de alegações bombásticas sobre o Facebook. A mais séria delas é que o Instagram é sabidamente prejudicial para jovens e adolescentes, mas a empresa não faz nada para mudar esse panorama.

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O novo denunciante entregou os documentos ao jornal The Washington Post sob a condição de anonimato. De acordo com a publicação, ele fazia parte da equipe de integridade do Facebook, que tem, entre outras coisas, a função de zelar pela imagem pública da empresa.

Colaboração com a Rússia

Tucker Bounds, vice-presidente de comunicação do Facebook
Então diretor de comunicações do Facebook, Tucker Bounds teria desdenhado de interferência russa nas eleições do EUA em 2016. Crédito: Reprodução/LinkedIn

O ex-funcionário disse que o que mais o deixou chocado enquanto ele trabalhou no Facebook foi uma declaração do diretor de comunicações do Facebook, Tucker Bounds. Em 2017, a empresa estava no centro de um escândalo que envolvia uma suposta manipulação russa nas eleições dos EUA de 2016.

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Segundo ele, Bounds teria dito que o escândalo não era tão sério quanto parecia e que a “bronca” dos legisladores com a situação não seria muito duradoura. “Enquanto isso, estamos imprimindo dinheiro no porão e estamos bem”, teria dito o ex-diretor, que agora é vice-presidente de comunicações.

Respostas firmes

Em nota, o agora diretor do Facebook disse que um relato sobre uma suposta conversa cara-a-cara que teria acontecido há quatro anos não pode ser levado a sério e muito menos encarado como uma denúncia. Em outra nota, a porta-voz do Facebook, Erin McPike usou palavras duras contra o jornal.

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“Isso está abaixo do Washington Post”, escreveu McPike. Segundo ela, o The Washington Post e o The New York Times estão em uma espécie de competição para ver quem conta a história mais escabrosa sobre a rede social de Mark Zuckerberg.

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De acordo com a representante, isso estabelece um precedente perigoso, em que histórias inteiras são baseadas em uma única fonte, que pode ter interesses escusos com suas alegações.

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