Winity deve alugar sua frequência adquirida no leilão do 5G para outras operadoras

Por Matheus Barros, editado por André Lucena 05/11/2021 16h12, atualizada em 05/11/2021 17h31
iStock-1096443984
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) terminou de analisar as ofertas do leilão do 5G nesta sexta-feira (5) e anunciou os vencedores de alguns lotes da tecnologia. Entre as vencedoras estão a Tim, Claro, Vivo e Winity II Telecom Ltda.

A Winity, empresa provedora de infraestrutura wireless que foi criada pela Pátria Investimentos, venceu o lote 1, na faixa de 700 MHz, podendo oferecer a tecnologia 5G para todo o país, no entanto, a companhia vai trabalhar de uma maneira diferente.

A empresa vai ofertar sua infraestrutura e faixa adquirida para outras operadoras conseguirem oferecer o 5G no Brasil, como uma espécie de aluguel. As interessadas poderão escolher entre utilizar toda infraestrutura Winity para chegar a locais onde não possuem sinal disponível, ou contratar camadas extras para não sobrecarregar a infraestrutura própria.

Ilustração de tecnologia 5G
Winity deve alugar sua frequência adquirida no leilão do 5G para outras operadoras. Imagem: ShutterBestStudio/Shutterstock

Com a iniciativa, a Winity vai aumentar seu faturamento na oferta da tecnologia 5G. “De certa forma, ao compartilhar infraestrutura, você está maximizando o uso desse ativo e promovendo uma rentabilidade sobre esse investimento”, explicou o presidente-executivo da Winity, Sergio Bekeierman, em entrevista ao portal G1.

O espectro continuará sendo da provedora de infraestrutura wireless, assim como as exigências do governo federal, que obrigam a empresa a levar internet a 31 mil quilômetros de rodovias federias e aumentar a oferta do 4G. Para cumprir os deveres, a Winity deve investir cerca de R$ 2 bilhões.

Leia também!

Inicialmente, a Winity deve usar a frequência adquirida no leilão do 5G para ofertar 4G aos seus clientes. “A frequência é um bem que você pode fazer o que chamam de ‘refarming’: você começa a usar onde vê a maior demanda, que hoje é o 4G, mas no momento em que o 5G passa a ter uma penetração grande, maior demanda de cobertura ou de dados, você pode converter o uso da frequência do 4G para o 5G”, afirmou Bekeierman.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.