A Áustria adotou uma política rigorosa para tentar aumentar a porcentagem de sua população imunizada contra a Covid-19. Essa segunda-feira (15), foi o primeiro dia do lockdown para não vacinados. Com isso, quem não tomou o imunizante não pode trabalhar presencialmente ou frequentar comércios e locais públicos.

Apesar de ainda não haver dados oficiais, já foi registrada uma corrida pelas vacinas nos postos das grandes cidades do país. A estratégia é uma tentativa de conter a nova onda de casos de Covid-19.

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A Áustria está com 64% da população totalmente vacinada, o presidente classificou a taxa como “lamentavelmente baixa” e não descartou tornar as medidas ainda mais rígidas, como permitir que pessoas não vacinadas saiam de casa apenas durante a noite, mas a iniciativa ainda enfrenta forte resistência.

Para efeito de comparação, a média de imunização na Europa gira em torno de 67%. Na Espanha, por exemplo, mais de 79% da população está totalmente imunizada; na França, 75%.

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Lockdown para não vacinados

Junto com o lockdown para não vacinados, a capital Viena começou a vacinar crianças a partir dos cinco anos com a vacina da Pfizer, mesmo antes que o órgão regulador europeu aprove a imunização do grupo com a vacina.

O governo disse que está fazendo uma fiscalização rigorosa. Quem for flagrado em locais públicos e não tomou a vacina, está sujeito a pagar uma multa de 500 euros. Quem se recusar a tomar o imunizante precisa desembolsar 1.450 euros.

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As autoridades dizem que vão avaliar os números do lockdown para não vacinados após 10 dias. A iniciativa ainda não tem um prazo para acabar. Com 9,8 milhões de habitantes, a Áustria registrou 11.640 mortes desde o começo da pandemia da Covid-19.

diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, disse em coletiva que “estamos, mais uma vez, no epicentro”. Ele ainda destaca que com o ritmo atual podemos ter “outro meio milhão de mortes de Covid-19” em fevereiro.

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A OMS ainda explicou que na Europa, as taxas de internação hospitalar foram maiores em países onde menos pessoas foram vacinadas contra a Covid-19. O órgão também destaca que o relaxamento das medidas de contenção estão contribuindo para o aumento de casos

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