A Black Friday ficou muito famosa pelos descontos imperdíveis em diversos setores do comércio, no entanto, o ano de 2021 vai ser desafiador para os consumidores devido a inflação e alta dos juros. O cenário anda preocupando os brasileiros que, neste ano, começaram a realizar o levantamento de preços de produtos que desejam comprar com seis meses de antecedência.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo MindMiners, 25% dos consumidores começaram a procurar o valor dos produtos seis meses antes da Black Friday, enquanto outros 28% iniciaram as pesquisas três meses antes da data.
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De acordo com o estudo, 53% dos clientes utilizam sites de acompanhamento de valores, outros 50% em sites das empresas donas dos produtos, 28% preferem acompanhar os valores pelas redes sociais e lojas físicas, já 23% optam por receber alertas de e-mails.
“A gente nunca imagina que o consumidor vai pesquisar com tanta antecedência, mas tudo isso é pela desconfiança – se vai haver o desconto e se vai valer a pena comprar na Black Friday”, disse Katlyn Mallet, analista de marketing da MindMiners.
A pesquisa foi realizada com consumidores de 18 a 80 anos das classes socioeconômicas A, B e C. Cerca de 48% dos entrevistados relataram que sempre compram produtos na Black Friday e continuarão comprando em 2021.
Apesar da expectativa dos clientes, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) acredita que a Black Friday deste ano deve ter um faturamento de R$ 3,93 bilhões, acima do resultado de 2020 (R$ 3,78 bilhões). O faturamento representa um crescimento de 3,8%, no entanto, quando a inflação acumulada no período de 12 meses é descontada, encontra-se uma queda de 6,5% no volume de vendas.
“Mesmo quem tem condição de consumidor, tem dificuldade (em comprar) porque enfrenta uma inflação de quase 11% ao ano”, disse o economista da CNC, Fabio Bentes, ao portal G1.
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