Vulcão Cumbre Vieja tem primeira morte registrada

Por Flavia Correia, editado por Rafael Rigues 18/11/2021 13h00, atualizada em 19/11/2021 12h46
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Imagem: Oscar Garcia-Dils - Shutterstock
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Um homem de 72 anos foi a primeira vítima fatal do vulcão Cumbre Vieja, que entrou em erupção há dois meses em La Palma, nas Ilhas Canárias. Segundo autoridades do arquipélago espanhol, o corpo do idoso, que havia participado de uma força-tarefa de limpeza das cinzas na sexta-feira (12), foi encontrado no sábado.

Dois meses após início das erupções, vulcão Cumbre Vieja continua em plena atividade e pode ter feito a primeira vítima fatal. Imagem: Oscar Garcia-Dils – Shutterstock

De acordo com Miguel Ángel Morcuende, diretor técnico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca), a suspeita inicial é de que ele tenha caído de um telhado enquanto removia o material deixado pelo vulcão. 

No entanto, segundo Morcuende, não está excluída a hipótese de o idoso ter morrido “asfixiado por ser enterrado pelas cinzas do telhado de onde caiu”. Será necessário aguardar o resultado da autópsia para se ter a confirmação da causa.

O prefeito de El Paso, cidade onde a morte aconteceu, Sergio Rodríguez, disse à agência espanhola de notícias EFE que, pelo que sabe, o homem morava na casa onde foi encontrado. 

Segundo Rodriguez, os telhados daquela área foram submetidos à limpeza há poucos dias, e “as equipes de voluntários que limpam as cinzas costumam ser formadas por grupos de quatro ou cinco pessoas, incluindo os donos das residências”.

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Em dois meses, vulcão Cumbre Vieja liberou mesma quantidade de SO2 que a UE inteira emitiu em todo o ano de 2019

De acordo com dados levantados pelo Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias, em parceria com a Universidade de Manchester, no Reino Unido, a quantidade de dióxido de enxofre (SO2) liberada pelo Vulcão Cumbre Vieja ao longo de 59 dias de atividade equivale à mesma emitida pelos 28 países da União Europeia durante todo o ano de 2019.

Se as emissões forem recortadas pelo mesmo período de 59 dias, a quantidade desse gás liberada pelo vulcão foi 700% maior do que o volume lançado por todos os membros da UE juntos.

Segundo a imprensa local, a evolução temporal da emissão de dióxido de enxofre associada à cinza vulcânica, que está entre 9 mil e 13 mil toneladas por dia, “reflete uma tendência descendente”. Isso quer dizer que está diminuindo, embora não signifique, necessariamente, que a atividade vulcânica esteja próxima do fim.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

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Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital