Um relatório de agora da Bloomberg traz que o Apple Car finalmente encontrou uma rota para chegar oficialmente às estradas. Em desenvolvimento desde 2014, o carro elétrico da empresa dona do iPhone estará rodando por aí de vez em 2025 — se tudo realmente der certo.

E não só isso: segundo o relatório, “pessoas familiarizadas com o assunto” informaram que o Apple Car contará com uma direção absolutamente autônoma, de Nível 5, conforme a padronização da Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE). Isso significa que o veículo elétrico (EV) não exigirá intervenção do motorista, tampouco de qualquer um dos seus passageiros em quaisquer condições ou situações de direção.

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A equipe responsável pelo desenvolvimento do Apple Car (ou Projeto Titan) estava presa entre dois caminhos de desenvolvimento: um EV mais tradicional, com alguns recursos de assistência ao motorista semelhantes aos já existentes em uma série de veículos — porém, mais aprimorados; ou um EV mais sofisticado, capaz de uma condução verdadeiramente autônoma, sem nenhuma intervenção humana.

Esta última foi a opção escolhida inclusive por Kevin Lynch, novo líder do Projeto Titan (que sofreu mudanças de estratégia e rotatividade de executivos desde seu início há cerca de 7 anos). Lynch é o quinto executivo a assumir o comando do projeto do Apple Car.

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Apple Car sem volante ou pedais

Assim, ao possuir a alcunha de veículo autônomo de Nível 5 (algo que nenhuma outra montadora conseguiu até hoje), pode ser que o carro elétrico da empresa não conte com pedais ou volante.

Além disso, as informações são de que a Apple está explorando o uso de um design de carro mais futurista, com assentos de conceito mais aberto, semelhante ao interior do Lifestyle Vehicle da Canoo Inc., novata na indústria de EV. Neste carro, os passageiros sentam-se nas laterais e “se encaram”, como se estivessem em uma limusine.

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Interior do carro elétrido Canoo
Interior do Lifestyle Vehicle, da Canoo, que faz os passageiros se sentirem como se estivessem em uma limusine – Imagem: Divulgação/Canoo Inc.

Haveria também telas “semelhantes a um iPad”, para hospedarem o infoentretenimento do carro, que estaria fortemente integrado aos serviços e dispositivos existentes da Apple. A empresa também estaria considerando equipar o veículo com algum tipo de modo de aquisição de emergência.

Aparentemente, grande parte do design de um novo processador foi finalizado, concluindo um avanço importante da Apple. O componente foi projetado para monitorar e controlar o Projeto Titan. Houve também a instalação de sensores autônomos atualizados em sua frota atual de veículos de teste.

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Responsável pelo chip estaria o grupo de engenharia de silício da Apple — que criou os processadores para o iPhone, iPad e Mac – e não pela própria equipe do carro. O chip do carro da Apple é o componente mais avançado que a empresa desenvolveu internamente, composto principalmente de processadores neurais que podem lidar com a inteligência artificial necessária para uma direção autônoma.

Porém, as capacidades do chip significam que ele esquentará e provavelmente exigirá o desenvolvimento de um sofisticado sistema de resfriamento.

Atuando como Uber ou Lyft

A frota de veículos de teste da Apple atualmente é de apenas 69 SUVs Lexus adaptados. A empresa precisará, possivelmente, contar com outros parceiros para fornecer uma base para seu Apple Car, já que não possui nenhuma fábrica capaz de produzir um carro inteiro.

No momento, a empresa ainda não definiu um modelo de negócios para seu carro elétrico. O relatório aponta que a Apple está considerando a criação de uma frota autônoma que operaria mais como Uber ou Lyft, em vez de vender carros individuais.

A meta de lançamento de um Apple Car em 2025 parece ter mais “curto prazo” do que o cronograma que alguns engenheiros planejavam no início deste ano, de cinco a sete anos. Para atingir esse objetivo, a empresa vai depender de sua capacidade de concluir um sistema de direção autônoma — talvez, a tarefa mais ambiciosa nesse cronograma.

A Apple se recusou a comentar as informações. Entretanto, as ações da empresa subiram até 2,4%, para US$ 157,23, depois que a Bloomberg divulgou a notícia.

Imagem: Reprodução/Vanarama

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