Nesta terça-feira (23), a Nasa divulgou o resultado de uma nova observação feita pelo telescópio espacial Hubble – que, conforme o Olhar Digital noticiou nesta manhã, ainda está com parte de seus instrumentos científicos inoperantes. De acordo com a agência, o observatório estudou a Nebulosa da Chama (ou NGC 2024), uma grande região de formação de estrelas presente na parte leste da constelação de Orion, a cerca de 1,4 mil anos-luz da Terra.

Nessa pesquisa, o telescópio estava em busca de discos protoplanetários, ou “proplyds” (do inglês “Proto-Planetary Discs) – discos de gás e poeira ao redor de estrelas que podem vir a formar novos sistemas solares.
Hubble encontrou quatro proplyds confirmados e quatro em potencial na nebulosa, mas percebeu que esses discos estão sendo desgastados pela intensa radiação de estrelas próximas e, como resultado, podem nunca ter a chance de formar planetas.
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O observatório também localizou três “globuletes” na nebulosa – pequenas nuvens de poeira escura que podem ser vistas contra o fundo de nebulosas brilhantes.
Segundo a Nasa, acredita-se que essas nuvens de poeira formem anãs marrons – objetos quentes grandes demais para serem planetas, mas sem massa suficiente para se tornarem estrelas – e outros objetos de massa planetária que flutam livremente em nossa galáxia.
Constelação de Orion é a casa de estrelas famosas
Além da Nebulosa da Chama, a região denominada Complexo de Nuvem Molecular de Orion – que é considerada a fábrica de estrelas massivas mais próxima da Terra – também inclui a Nebulosa da Cabeça de Cavalo e a Nebulosa de Orion.
Uma curiosidade interessante sobre a Nebulosa da Chama: é nela que se localizam três famosas estrelas azuis de brilho espetacular, muito maiores que o Sol – as Três Marias, que formam o “Cinturão de Orion”. Seus nomes são Alnitak, Alnilam e Mintaka, e elas estão localizadas a distâncias que vairam de 1.200 a 2.000 anos-luz de nós.
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