Novo satélite de observação Gaofen-3 é lançado pela China

Satélite é o segundo do seu tipo e foi lançado no último dia 22, saindo da base de Jiuquan - e tem uma vida útil aproximada de oito anos
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 23/11/2021 19h14, atualizada em 24/11/2021 11h58
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Imagem: CNSA/Divulgação
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Na última segunda-feira (22), a China lançou ao espaço mais um satélite Gaofen-3 (oficialmente nomeado “Gaofen3-02” por ser o segundo de seu tipo) de observação terrestre. O objeto vai reforçar as capacidades de observação e monitoramento do país asiático no espaço.

Os satélites Gaofen (termo que, no idioma chinês, pode ser traduzido como “alta resolução” ou “alta pontuação”) carregam sistemas de imagem usados pelo governo chinês para a observação de diversas demandas. No caso do Gaofen 3-02, a China pretende usá-lo para observar o oceano com uma resolução de aproximadamente um metro (m) por pixel.

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Satélites de observação são normalmente utilizados para monitorar eventos ocorridos abaixo de sua altura em relação à superfície da Terra. Majoritariamente, são eles que produzem imagens espaciais de fenômenos climáticos extremos, como furacões, tempestades e erupções.

A nomenclatura é relativamente complicada de se entender e, com uma busca no Google, você vai se deparar com dezenas de “Gaofens” lançados: basicamente, o nome refere-se a várias séries de satélites, com objetivos variados. O primeiro foi originalmente lançado em abril de 2013 e, de lá até aqui, outros 22 já voaram para o espaço. O mais recente antes do lançamento de terça-feira foi o Gaofen 5-02 – uma outra série, dentro do mesmo guarda-chuva.

Os satélites Gaofen são produzidos pela Academia de Tecnologia Espacial da China (CAST), o principal setor de desenvolvimento aeroespacial do país. Um foguete Longa Marcha 04 (ou “Chang Zheng 4C” – seu nome no mercado chinês) foi usado para levar o satélite mais recente ao espaço.

Com este, o foguete já conta com 37 lançamentos em seu currículo, sendo que 35 foram um sucesso. A falha mais recente ocorreu em 2019 quando, em maio, o segundo estágio do foguete acabou tendo uma performance abaixo do esperado, resultando na perda do satélite Weixing-33.

A missão foi a quadragésima quinta (45ª) do programa espacial chinês, que investiu pesado em sua expansão nos últimos dois anos e ainda conta com pelo menos mais dois lançamentos até o final de 2021: as missões Ceres-1, que sairá da Terra em 24 de novembro; e a Chang Zheng 3B/E, marcada para 27 deste mês.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital