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A empresa aeroespacial Rocket Lab tentará, no início de 2022, resgatar o primeiro estágio de um foguete Electron ao “pescá-lo” do céu com um helicóptero. É o primeiro teste do tipo a ser executado pela empresa da Califórnia e, se ela tiver sucesso, terá dado um passo considerável em favor de seus serviços de transporte ao espaço.
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“Nós certamente esperamos que esse voo aconteça dentro da primeira metade do ano que vem”, disse o fundador e CEO da Rocket Lab, Peter Beck, a jornalistas da imprensa americana na última terça-feira (23). “Ou, melhor ainda, o mais rápido que nos seja possível”, ele comentou.
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O desejo da Rocket Lab é fazer do primeiro estágio de seu foguete Electron reutilizável, algo que deve baratear os custos de produção e desenvolvimento tecnológico, tornando a empresa mais competitiva no setor aeroespacial.
Para isso, a ideia do teste a ser executado ano que vem é a de lançar o foguete e, na separação do primeiro estágio, deixá-lo cair até uma certa altura e desacelera-lo usando paraquedas, deixando sua descida lenta o suficiente para que um helicóptero possa resgatá-lo no ar e levá-lo de volta à base para inspeção.
Testes similares já foram conduzidos pela empresa no passado recente: há menos de 10 dias, a missão “Love at First Insight” usou um sistema de recuperação via helicóptero. Entretanto, o propulsor já estava devidamente posicionado em solo, e o objetivo era o de avaliar capacidades de transmissão de sinal e comunicação entre o estágio, o helicóptero e o controle da missão.
De acordo com Beck, agora a ideia é usar os mesmos recursos, mas com a Rocket Lab recuperando o estágio do foguete no ar. E o CEO da empresa está confiante no sucesso: “Nós conduzimos testes de baixa altitude suficientes para saber que, se chegarmos até ele, com certeza vamos agarrá-lo”.
Vale lembrar que, embora já tenha algo parecido no passado, a Rocket Lab ainda não lançou nenhum estágio de foguete previamente recuperado. E o voo com a “pesca” feita pelo helicóptero definitivamente não será o próximo da empresa: em dezembro de 2020, ela lançará dois satélites de observação da Terra para a companhia Blacksky. A empresa antecipa que o primeiro resgate será apenas o primeiro de muitos.
“Se tudo correr como o planejado, nós provavelmente poderemos reposicionar esse estágio… fazendo ele voltar para a plataforma [de lançamento]”, disse Beck. “Mas sabe como é, estamos abordando isso de forma bastante metódica. Temos um bom histórico que queremos manter, e não vamos tomar nenhum risco – obviamente – com voos comerciais para nossos clientes”.
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