Nesta quinta-feira (29), o foguete Electron, da Rocket Lab, lançou ao espaço um satélite militar dos EUA chamado Monolith, cumprindo sua primeira missão desde que sofreu uma falha em meados de maio.
O foguete decolou da plataforma da empresa na Península de Mahia, na Nova Zelândia, às 18h pelo horário local (3h da madrugada, no horário de Brasília).
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Patrocinado pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, o satélite foi deixado em sua órbita alvo 600 km acima da Terra. Uma vez em órbita, Monolith deverá “explorar e demonstrar o uso de um sensor implantável, onde a massa do sensor é uma fração substancial da massa total da espaçonave, alterando as propriedades dinâmicas da espaçonave e testando a capacidade de manter o controle de atitude da espaçonave”, declarou a Rocket Lab em um kit de imprensa da missão.
De acordo com a empresa, a análise do uso de um sensor implantável visa permitir o uso de barramentos de satélite menores na construção de outros futuros sensores implantáveis, como satélites meteorológicos, reduzindo assim o custo, a complexidade e os prazos de desenvolvimento. O satélite também fornecerá uma plataforma para testar as futuras capacidades de proteção do espaço”, complementa o material.
O lançamento desta manhã foi realizado pelo Programa de Teste Espacial do Departamento de Defesa dos EUA e pelo Programa de Lançamento de Sistemas de Foguetes, ambos da Base Aérea de Kirtland, no Novo México.
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Falha levou a perda de carga útil de foguete da Rocket Lab em maio
Com 18 metros de altura, o Electron tem 21 lançamentos em seu currículo, incluindo quatro neste ano.
No entanto, a última decolagem do Electron anterior a essa, que ocorreu em 15 de maio, não foi bem. O motor do segundo estágio do foguete foi desligado precocemente, resultando na perda da carga útil da missão, dois satélites da empresa de inteligência geoespacial BlackSky Global.
A investigação de anomalias da Rocket Lab relacionou a causa a um problema com a ignição do motor de estágio superior.
“Isso induziu uma corrupção de sinais dentro do computador do motor que fez com que o controle vetorial de empuxo do motor (TVC) se desviasse dos parâmetros nominais e resultou no computador do motor comandando a velocidade zero da bomba, desligando o motor”, relataram representantes da empresa.
“A Rocket Lab conseguiu replicar de forma confiável o problema em testes e implementou redundâncias no sistema de ignição para evitar qualquer recorrência futura, incluindo modificações no design e na fabricação do ignitor”, acrescentaram.
Electron é atualmente um lançador descartável, mas Rocket Lab quer mudar isso. A empresa planeja eventualmente usar um helicóptero para recuperar os primeiros estágios do Electron caindo do céu e, em seguida, transportá-los de volta à terra para reutilização em um prazo relativamente curto.
A Rocket Lab tem feito progressos em direção a esse objetivo final. Tanto na missão de 15 de maio quanto em um voo de novembro de 2020, a empresa comandou um primeiro estágio da Electron para um pouso suave do oceano usando pára-quedas. Engenheiros e técnicos têm analisado esses propulsores devolvidos, que a empresa disse ter sobrevivido às missões espaciais em boa forma.
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