A Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou oficialmente nesta sexta-feira (26) a nova variante do coronavírus que surgiu na África do Sul como ‘Ômicron’. Chamada antes de B.1.1.529, a cepa também foi reconhecida pelo órgão como uma “variante de preocupação” (VOC, na sigla em inglês).

De acordo com informações do jornal Estado de São Paulo (Estadão), embora pouco se saiba sobre a variante, bem como os riscos impostos na transmissão e proteção vacinal, a medida visa alertar para os possíveis efeitos que ela pode trazer para a pandemia da Covid-19.

Via Twitter, a líder técnica da OMS em assuntos da Covid-19, Maria van Kerkhove, solicitou que sejam ampliados a vigilância epidemiológica e os sequenciamentos genéticos das amostras.

A decisão da OMS ocorre um dia depois do governo da África do Sul confirmar publicamente a circulação da variante, caracterizada por uma “constelação incomum de mutações”. O anúncio também colaborou para que pelo menos 10 países da Europa proibissem voos com origem da África. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também soltou uma nota nesta sexta-feira (26) recomendando restrições para passageiros vindos de seis países do local. A restrição cabe agora ao governo federal, que ainda não se pronunciou.

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Ministro da saúde da África do Sul é contra

Para o ministro da saúde da África do Sul, Mathume Joseph Phaahla, a medida restritiva para com os viajantes do país são “injustificadas”. Segundo ele, ainda não há indicação de que a variante seja mais severa para que se isole a região.

“Quando você encontra uma variante no país, você não sabe onde originou. Muitos desses países (que estão adotando restrições contra a África do Sul) tiveram medidas draconianas. Alguns países estão com mais infecções do que a África do Sul. Isso não parece científico de jeito nenhum, esse tipo de reação quer colocar culpa em outros países”, explicou, durante coletiva.

A descoberta da agora chamada, Ômicron, foi anunciada na quinta-feira (25). Os primeiros casos foram detectados na Botsuana e na África do Sul e impressionou por ter um número de mutações maior do que as outras. Clique aqui e veja tudo o que se sabe sobre a nova variante.

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