Não é nenhuma novidade que a China não gosta que as empresas do país abram capital em bolsas de valores internacionais e, para comprovar isso, o governo do chinês agora estuda proibir este ato. De acordo com especialistas, entidades de participação variável serão utilizadas para a proibição.
A ação impactaria diretamente nas empresas de tecnologia que utilizam uma brecha na legislação para realizar seu IPO (oferta pública inicial) em bolsas de valores no exterior. Caso as novas regras sejam aprovadas, empresas que utilizam entidades de participação variável (VIE) poderão realizar ofertas públicas apenas em Hong Kong, sob aprovação do governo.
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Segundo fontes consultadas pela agência de notícias Bloomberg, o governo da China afirmou que o intuito das novas proibições é evitar problemas com segurança de dados no país.
Caso as novas regras sejam aprovadas, empresas listadas nos EUA e em Hong Kong que usam VIEs terão que fazer mudanças para deixar suas estruturas de controle mais transparentes para revisões regulatórias, o que pode significar uma renovação de acionistas ou até mesmo o desligamento de companhias mais sensíveis.
Apesar dos boatos que circulam na imprensa, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China relatou que a proibição de listagem de empresas no exterior não é verdadeira, mas não detalhou o assunto.

Por ora, sabe-se que a China está travando uma batalha contra as empresas de tecnologia, visando impedir a “expansão imprudente” do setor. Entre os principais alvos do governo de Pequim é possível citar a Alibaba e a Didi, duas empresas que estão listadas em bolsas de valores internacionais.
A Didi, que é dona do aplicativo de transporte 99, recentemente recebeu um pedido do órgão fiscalizador de tecnologia da China para sair da bolsa de valores de Nova York, nos Estados Unidos. De acordo com especialistas, o pedido foi feito diretamente aos principais executivos da companhia chinesa.
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