Desde o meio deste ano, a variante delta do coronavírus reina absoluta como a cepa dominante do vírus da Covid-19 no mundo todo. Porém, uma nova variante, com mais de 50 mutações e altamente transmissível, pode tomar o lugar dela e se tornar a cepa dominante em pouco tempo: a variante ômicron.

Segundo cientistas britânicos e sul-africanos que estão trabalhando no sequenciamento da ômicron, ainda é cedo para dizer se a nova cepa vai se sobrepor à delta. Porém, a aposta dos cientistas é de que a variante ômicron deve superar a delta em muitos lugares do mundo e, possivelmente, em todo o planeta.

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De acordo com o diretor de virologia da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, Matthew Binnicker, em pouco mais de duas semanas, os cientistas terão como saber se a ômicron vai superar a delta nos Estados Unidos. Atualmente, o país enfrenta picos significativos de novos casos de Covid-19.

Ainda são muitas perguntas

Hoje, existem mais perguntas do que respostas em relação à ômicron. Ainda não se sabe, por exemplo, se a cepa causa uma doença mais branda ou mais grave. Até o momento, ao que parece, a variante causa doença mais leve, embora mais transmissível do que a causada pela delta.

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Na África do Sul, por exemplo, a variante ômicron mudou o status da pandemia, fazendo a média de novos casos subir de menos de 200 para mais de 16 mil por dia em apenas algumas semanas. Atualmente, a nova cepa já é dominante nas oito províncias do país.

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“Se você olhar para a curva desta onda em que estamos no momento, é uma curva muito mais íngreme do que as três primeiras ondas que a África do Sul experimentou”, declarou o diretor do Africa Health Research Institute, Willem Hanekom.

Não se sabe o futuro

Vacinação é a forma mais eficaz para evitar a propagação da Covid-19, independente de qual seja a variante dominante. Imagem: Fritz Jorgensen – istockphoto

Segundo ele, isso é um forte indicativo de que a variante ômicron está se espalhando muito mais rápido do que a delta se espalhou, por exemplo. Porém, os cientistas acreditam que ainda é cedo para dizer se o fenômeno observado na África do Sul vai se replicar em outras partes do mundo.

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Contudo, independente do efeito potencial da ômicron, seja ele mais desastroso, seja ele mais brando do que o da delta, a forma mais eficiente de minimizá-lo é a vacinação. “Se as pessoas são elegíveis para reforços, elas deveriam receber reforços”, declarou o cientista da Universidade de Harvard, Jacob Lemieux.

Via: Medical Xpress

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