Como previsto, o Nubank estabeleceu o valor das suas ações nesta quarta-feira (8). O valor final dos papéis da fintech, previsto para ficar entre US$ 8 e US$ 9, acabou ficando no maior valor: US$ 9 por ação na abertura de capital (IPO). Com a precificação, o banco digital alcançou um marco importante em sua trajetória de oito anos, a posição de banco mais valioso da América Latina.

Com a oferta inicial em curso, o novo valor de mercado da empresa é calculado na casa de US$ 41,7 bilhões, o que na cotação atual equivale a R$ 232,4 bilhões. Com isso, o Nubank ultrapassa a capitalização do maior banco privado do Brasil, o Itaú Unibanco, avaliado atualmente em R$ 211,9 bilhões — o Bradesco vem logo em seguida, com valor de mercado de R$ 188 bilhões (Santander e Banco do Brasil valem R$ 125 bilhões e R$ 93 bilhões, respectivamente).

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O acontecimento reforça o poder das fintechs, que cada vez mais concorrem de igual para igual mesmo com bancos já estabelecidos no mercado.

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O preço dos papéis foi revelado após o envio de documentos da empresa ao órgão norte-americano Securities and Exchange Comission (SEC). A estreia da instituição financeira na bolsa, que ocorre na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) nos EUA e na B3 no Brasil, foi nesta quinta (9).

Em Nova York, o código de negociação escolhido pela empresa será “NU“. Já no Brasil, as ações — que serão negociados como BDRs (sigla em inglês para Brazilian Depositary Receipts, títulos emitidos no Brasil que têm lastro com ações negociadas no exterior) — terão o código “NUBR33“.

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Boa notícia para outras startups financeiras

Também há uma grande expectativa de outras fintechs sobre os resultados da estratégia de mercado do Nubank, já que o sucesso do IPO pode fazer com que outras empresas também abram capital — vale lembrar que o banco digital brasileiro também teve percalços no caminho. Na semana passada a empresa teve que reduzir o valor dos seus papéis em 20% por uma maior volatilidade observada no mercado com o aparecimento da variante Ômicron.

Apesar das incertezas, o banco digital conseguiu reunir um grupo de fundos globais para adquirir cerca de US$ 1,3 bilhão em ações. A lista inclui nomes como Sequoia, Tiger Global, e o fundo de investimento SoftBank Latin America. Dentre os coordenadores da oferta inicial do Nubank, estavam a Morgan Stanley, o grupo financeiro Goldman Sachs e o banco Citi. A Nu Invest, o braço de investimento da fintech, também participou do processo.

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Atualmente com 48 milhões de clientes ativos registrados no Brasil, México e Colômbia, o Nubank conseguiu captar US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões na cotação atual) com a abertura de capital. A companhia planeja usar os recursos para reforçar o caixa da empresa, além de focar em novas aquisições para 2022.

Imagem principal: rafapress/Shutterstock

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