O jornalista Julian Assange sofreu um pequeno acidente vascular cerebral (AVC) na prisão. A revelação foi compartilhada no Twitter por Stella Moris, companheira do criador do WikiLeaks.

Segundo as informações, o AVC ocorreu em 27 de outubro, na prisão, no primeiro dia da audiência de apelação no tribunal do Reino Unido – mais um capítulo da batalha judicial que Assange enfrenta contra sua extradição da nação europeia para os Estados Unidos. Dias antes do post de sua companheira, o jornalista tinha sofrido um importante revés, após a Corte decidir a favor de um recurso do governo americano contra uma recusa anterior de uma juíza em extraditá-lo.

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O acidente vascular cerebral provocou perda de memória, sinais de danos neurológicos e a queda da pálpebra direita de Assange. Moris afirma que o constante jogo de xadrez e o estresse extremo da situação delicada do ativista causaram o AVC. Ela teme ainda que seu companheiro seja vítima de algum episódio mais grave.

Para Moris, a acusação dos EUA contra Assange é a maior ameaça individual contra a liberdade de imprensa em todo o mundo. “Não apenas por causa da posição louca de que os EUA têm jurisdição para processar jornalistas estrangeiros que publicam no exterior, mas porque estabelece um novo padrão global para qualquer Estado fazer o mesmo”.

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Lula, Dilma e outros líderes pedem pela liberdade de Assange

Em uma carta divulgada pelo Grupo de Puebla, os ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff pediram pela liberdade de Julian Assange. O documento também foi assinado por diversas lideranças de esquerda latino-americanas, como o ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e o ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper.

No conteúdo da carta, é apontado que o material publicado pelo WikiLeaks “fornece evidências confiáveis e irrefutáveis sobre o papel e a responsabilidade de políticos, diplomatas, empresários etc., principalmente dos Estados Unidos, nas decisões e ações que tiveram um forte impacto na política interna de diversos Estados no mundo todo”.

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O documento expõe uma responsabilização desses agentes por processos de extorsão, espionagem, operações secretas, desestabilização e até ataques armados contra civis. “Paradoxalmente, em vez de ser aplaudido, o ato do WikiLeaks desencadeou uma série de punições, que incluem a acusação, difamação, desmoralização e criminalização de Assange, privado de liberdade em uma prisão de segurança máxima para terroristas”.

De acordo com a carta, todo o processo contra o jornalista também tem como um de seus objetivos “paralisar o instinto e o direito de busca pela verdade”. “A prisão de Assange é o triunfo da opressão, do silêncio e do medo”, finaliza o documento.

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