A Food and Drug Administration (FDA) autorizou uma segunda pílula antiviral para tratar a Covid-19 nos Estados Unidos. A liberação do medicamento, chamado molnupiravir, aconteceu um dia depois de a agência aprovar o antiviral da Pfizer, chamado Paxlovid. Ambos os medicamentos reduzem o risco de hospitalização e morte em pessoas com diagnóstico positivo da doença.

O molnupiravir, fabricado pela empresa farmacêutica Merck, foi autorizado para pessoas com 18 anos de idade ou mais que correm alto risco de adoecer gravemente se contraírem o coronavírus. É um limite de idade superior ao do Paxlovid, que é liberado para pessoas com 12 anos ou mais. Segundo o FDA, o molnupiravir pode afetar o crescimento dos ossos e cartilagens, por isso não é recomendado para quem está na adolescência.

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Caixa do Paxlovid, da Pfizer
Crédito: Rarrarorro/Shutterstock

Assim como o Paxlovid, os pacientes precisam começar a tomar o medicamento da Merck alguns dias depois de desenvolver os sintomas para que ele seja mais eficaz. Isso pode ser difícil nos Estados Unidos, onde o teste para confirmar a Covid-19 é frequentemente lento e limitado, principalmente durante os surtos, casos em que os tratamentos são mais necessários.

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O molnupiravir, inicialmente, pareceu reduzir o risco de hospitalização e morte pela metade em um ensaio clínico. No entanto, uma avaliação adicional descobriu que o medicamento era cerca de 30% eficaz. Para efeito de comparação, o Paxlovid, da Pfizer, reduziu as hospitalizações e mortes de grupos de alto risco em 89%. 

Apesar da eficácia mais baixa, os Estados Unidos podem depender do molnupiravir em um futuro próximo. O governo de Joe Biden espera ter três milhões de pílulas do medicamento Merck e apenas 265 mil de Paxlovid disponíveis até janeiro.