Desde o último dia do ano passado, as pessoas de baixa renda residentes nos Estados Unidos, e devidamente qualificadas, podem se inscrever para obter ajuda com suas contas de internet. A ação parte do novo Programa de Conectividade Acessível lançado com US$ 14,2 bilhões (cerca de R$ 79 bilhões) da lei de infraestrutura bipartidária aprovada em novembro no país norte-americano.

As famílias podem solicitar até US$ 30 por mês de sua conta de serviço de internet. Para famílias em terras tribais qualificadas, o desconto é de até US$ 75 por mês. Em nossa moeda, seriam valores por volta de R$ 167 e R$ 418, respectivamente. O programa pode ajudar a conectar milhões de pessoas à internet, especialmente em comunidades que historicamente têm enfrentado dificuldades para se conectar.

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FCC estende a assistência que começou durante a pandemia

Para termos uma ideia do que se trata o problema de conexão à internet nos Estados Unidos, quase um terço das pessoas que viviam em terras tribais não tinham internet de alta velocidade em casa. Estes são dados recentes, de acordo com um relatório da Comissão Federal de Comunicações (FCC) norte-americana. Além da infraestrutura limitada, o custo costuma ser outra barreira que impede as pessoas mais pobres de acessarem a internet.

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Os Estados Unidos têm o segundo maior custo de banda larga entre 35 países estudados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além disso, os indígenas norte-americanos e nativos do Alasca têm a maior taxa de pobreza de qualquer grupo racial nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento do Censo dos Estados Unidos.

A inscrição no programa é feita, aliás, pela internet, também havendo a possibilidade de imprimir um formulário para ser preenchido e enviado pelo correio. Pessoas qualificadas para o Programa de Conectividade Acessível também podem se qualificar para um desconto único de US$ 100 (R$ 557) para um laptop, tablet ou computador de mesa dos provedores participantes (incluindo T-Mobil, AT&T e Verizon).

O programa é basicamente uma substituição de longo prazo do Programa de Benefícios de Banda Larga de Emergência temporário, iniciado para ajudar os americanos durante a pandemia da Covid-19. O auxílio de agora é um pouco menor para algumas famílias, em comparação com o anterior, que consistia em US$ 50. Entretanto, a FCC expandiu os critérios para quem pode se inscrever.

Ajudando a se conectar

Há mais financiamento a caminho para acabar com a exclusão digital nos EUA. A nova lei de infraestrutura de US$ 1 trilhão inclui US$ 65 bilhões (cerca de R$ 362 bilhões) para impulsionar o acesso à banda larga. Mais de 30 milhões de americanos vivem em algum lugar sem infraestrutura de banda larga adequada, de acordo com uma nota do governo Biden.

No Brasil, um programa parecido é o Wi-Fi Brasil, que tem como objetivo levar conectividade em alta velocidade a todas localidades do país, onde não há nenhuma ou pouca conexão. A criação do Wi-Fi Brasil também busca ajudar no cumprimento dos objetivos nacionais da política pública de telecomunicações.

O programa brasileiro é direcionado, prioritariamente, para comunidades em estado de vulnerabilidade social, que não têm outro meio de serem inseridas no mundo das Tecnologias de Informação e Comunicação, as TIC’s.

Via The Verge

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