Com uma bateria experimental de 207,3 kWh, a startup americana ONE diz ter conseguido elevar a autonomia do Tesla Model S para surpreendentes 1.210 quilômetros — 90% a mais, portanto, do que o alcance padrão do sedã.

O teste da startup foi realizado em meados de dezembro em Michigan, no nordeste dos EUA. Segundo a ONE, o Tesla Model S rodou por quase 14 horas pelo estado a uma média de 89 km/h. No fim, mesmo com o inverno trabalhando contra, foram marcados no hodômetro 1.210 km.

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Mais tarde, em um teste menos exigente, a empresa ainda conectou o Model S a um dinamômetro a uma velocidade constante de 89 km/h e atingiu impressionantes 1.419 quilômetros de rodagem.

A ONE considera a bateria um protótipo. O objetivo com o teste foi mostrar que, em um futuro próximo, um carro sozinho possa alcançar distâncias maiores do que um motorista médio. O próximo passo é que a bateria experimental do Tesla Model S forneça as bases para um modelo chamado Gemini 001, cuja linha de produção irá começar depois do ano que vem.

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Tesla Model S com bateria experimental de 200 kWh
ONE/Divulgação

Componentes controversos

Embora prometa uma “cadeia de suprimentos sem conflitos”, a ONE ainda depende de componentes à base de lítio para produzir suas baterias, o que pode provocar um enorme custo ambiental. A bateria adotada no teste do Tesla Model S também utilizou células de cobalto-níquel. Sabe-se que o cobalto vem sendo associado a práticas de mineração antiéticas, além de ser extremamente tóxico e poluente.

De qualquer forma, o projeto da ONE é interessante do ponto de vista técnico: as células de lítio de baixo custo podem ser complementadas, segundo a startup, com extensores de alcance caso haja alguma necessidade extra de energia para reduzir o estresse e a deterioração do conjunto. Os extensores utilizariam um ânodo modificado para eliminar o grafite na bateria e aumentar a densidade energética da unidade.

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A autonomia ainda é o principal gargalo dos carros elétricos, algo que vem desde o início do século 20. Quanto mais as empresas provarem que as baterias sejam duradouras, maior a possibilidade de uma transição elétrica equilibrada, o que torna a iniciativa da ONE, no mínimo, instigante.

Via Car and Driver

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