Depois do lançamento da última quarta-feira (13), a SpaceX viu alguns de seus clientes divulgarem imagens do foguete Falcon 9 no espaço, antes e depois de lançarem a carga de 105 satélites – dos quais um era o brasileiro PION-BR1, da startup paulista PION Labs.

As imagens do Falcon 9 foram capturadas pela Planet, uma empresa fabricante de satélites de observação e produção de imagens. A própria Planet, aliás, era dona de 44 dos 105 satélites levados à órbita da Terra. Abaixo, na postagem da empresa no Twitter, vemos o primeiro estágio do foguete durante seu retorno à Terra.

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A missão, intitulada “Transporter-3”, foi a décima deste foguete Falcon 9 específico (modelo B1058-10) e ele, assim como em suas nove viagens anteriores, retornou para ser resgatado mais uma vez pela empresa, aterrissando próximo à sua base de lançamento.

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A viagem foi um serviço conhecido na indústria aeroespacial como “rideshare”, onde diversas empresas terceiras “alugam” espaço em um foguete de uma empresa de transportes espaciais – como é o caso da SpaceX – para levar suas criações ao espaço.

Normalmente, isso é feito para economizar custos de produção: enquanto estimativas conservadoras afirmam que a construção de um foguete aos moldes do Falcon 9 custa US$ 20 milhões (R$ 110,8 milhões), o aluguel desse tipo de espaço fica, em média, perto de US$ 1 milhão (R$ 5,54 milhões).

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Nisso é que entra o satélite brasileiro da PION Labs: a empresa de São Paulo desenvolveu-o usando um CubeSat – um tipo de satélite bem pequeno, não pesando mais do que um quilograma (kg) – e adaptando-o para o uso da tecnologia radioamadora.

O satélite atuará para auxiliar estudantes que façam parte do programa OBSAT (Olimpíada Brasileira de Satélites), coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil (MCTI). Os grupos de estudo foram escolhidos em julho de 2021. Na ocasião, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, mandou mensagem para os grupos escolhidos parabenizando pela conquista. “Estamos agora encerrando a primeira fase e foram diversas as equipes que se candidataram no Brasil todo. Estamos muito felizes pois apareceram propostas muito interessantes“, disse Moura.

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Segundo o site da empresa, seu desenvolvimento tem parceria com a Obsat, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Lasc (Latin American Space Challenge), AMSAT-BR e a Liga Brasileira de Radioamadores (Labre).

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