Um novo grupo dos elusivos satélites Shijian-06 foram lançados pela China em seu primeiro lançamento de 2022 – uma ocasião que comemora também a marca de 400 voos do foguete Long March.
Os satélites em questão só são elusivos, contudo, no que tange à sua aparência: o governo chinês nunca liberou nenhuma imagem dos artefatos, mas suas funções de exploração espacial e testes de verificação tecnológica já são conhecidos pelo mundo todo.
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Analistas do Ocidente apontam que a órbita onde os satélites foram colocados — aproximadamente 585 quilômetros (km) da superfície da Terra e sincronizada com o Sol — sirva a propósitos como a obtenção de inteligência de sinais.
O foguete usado no lançamento foi um Longa Marcha 4B, desenvolvido e fornecido pela Academia de Xangai de Tecnologia de Voo Espacial (SAST). O lançamento usou um “propelente hipergólico”, nome dado a dois compostos químicos que entram em ignição espontaneamente quando misturados, sem a presença de oxigênio.
Segundo a mídia estatal chinesa, o Longa Marcha usado na ocasião recebeu a sigla “YYDS” (em inglês, “GOAT”, ou “o maior de todos os tempos”, na tradução para o nosso português). Vale lembrar que o 300º voo foi conduzido em março de 2019, há três anos e meio. De lá para cá, o programa espacial chinês evoluiu em enormes saltos — em 2021, o país chegou a 56 lançamentos, com 53 sucessos e apenas três falhas.
A tecnologia espacial chinesa vem ganhando robustez desde 2014, quando o país inaugurou a base de lançamento costeira em Wenchang, dedicada a foguetes de grande porte. Além disso, a nação asiática vem desenvolvendo uma rede de sensores remotos via satélite e de comunicação no espaço — isso, fora a sua própria estação espacial.
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