A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira (19) que vai adiar a decisão sobre a liberação da venda de testes rápidos de Covid-19. A liberação dos autotestes foi solicitada pelo Ministério da Saúde por conta da nova onda de casos causada pela variante Ômicron

A decisão partiu de quatro diretores da Anvisa que julgaram necessário solicitar mais dados sobre os testes que podem ser realizados em casa. A relatora do processo votou pela aprovação e afirmou que o dispositivo “pode representar excelente estratégia de triagem” e “medida adicional” no controle da pandemia.

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Rômison Rodrigues Mota, um dos diretores da Anvisa, solicitou a realização de diligências em um prazo de até 15 dias para que o Ministério da Saúde formalize uma política pública para testagem ampla da população.  

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Outros diretores que se posicionaram pelo adiamento da decisão apontaram que há uma falta de regulamentação sobre o uso do autoteste, mesmo isso tendo sido cobrado durante o processo de avaliação.  

Um dos principais pontos levantado pela Anvisa é a falta de informações sobre como se dará a notificação de casos positivos comprovados com o autoteste, para que estes sejam incluídos no balanço oficial do governo. 

Fachada da Anvisa
Anvisa adia decisão sobre autotestes de Covid-19. Imagem: rafastockbr/Shutterstock

O autoteste pode ser feito em casa através da coleta do material no nariz com cotonete ou por saliva. O autoteste possui uma sensibilidade menor do que outros exames e pode ter erros se o paciente não realizar corretamente. Outros países já utilizam esse teste para que se possa agilizar o diagnóstico da doença que causou uma pandemia nos últimos dois anos. 

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