Pesquisadores trabalham em vacina contra o vício em opióides

Edson Kaique Lima25/01/2022 06h57, atualizada em 25/01/2022 07h09
Drogas. Imagem: Shutterstock
Substância tem potencial de reverter overdose (Imagem: Shutterstock)
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A epidemia de opióides tem sido um dos maiores problemas das áreas de segurança e saúde dos Estados Unidos nos últimos anos. Sem uma solução fácil para esta questão, os pesquisadores estão precisando pensar em saídas completamente inéditas para conseguir tratar o vício, o que inclui, uma vacina.

Um grupo de cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York, está trabalhando em uma vacina que tem como alvo o vício em oxicodona. Atualmente, a candidata a imunizante contra opióides está sendo testada em alguns voluntários com transtornos de abuso de drogas.

Sem prazer no uso

Em teoria, a vacina funcionaria impedindo que a oxicodona estimule os centros de prazer do cérebro. A ideia é baseada no entendimento de que se os usuários não sentem prazer ao fazer uso das substâncias, eles são menos propensos a usá-las e menos ainda a se tornarem dependentes.

“A ideia por trás da vacina é que, depois de um tempo, o corpo produzirá um anticorpo para essa estrutura química específica”, disse Sandra Comer, professora de neurobiologia da Universidade de Columbia. “Se alguém usar oxicodona, o anticorpo se ligará a essa molécula e não permitirá que ela entre no cérebro”.

Sem recaídas

A expectativa dos pesquisadores é que a vacina diminua a taxa de recaídas de tratamentos de dependência de opióides que são realizados com assistência médica. Segundo Comer, atualmente, esta taxa gira em torno dos 50%.

“Se eles recaírem, esperamos que a vacina ainda forneça algum nível de proteção, pelo menos contra overdose”, disse ela. ““E talvez uma oportunidade para nós os envolvermos novamente no tratamento”, completou a pesquisadora.

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Caso a primeira vacina atinja os resultados desejados, os pesquisadores esperam desenvolver tratamentos com a mesma lógica contra a dependência de outros opióides, como heroína e fentanil. Essas duas substâncias têm efeitos ainda mais devastadores em seus usuários.

Via: Futurism

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Redator(a)

Edson Kaique Lima é redator(a) no Olhar Digital